O Brasil é indubitavelmente desigual, desde sua formação como colônia de exploração até os dias atuais. Um dos resultados dessa discrepância é a falta de acesso à educação a pessoas a margem da sociedade. Ademais, a problemática se da com a alta taxa de analfabetismo funcional no país, o que deixa a população incapaz de se manter politicamente ativa e consciente. Quase 90% da população Brasileira pode ser considerada analfabeta funcional, algo alarmante. Epicteto afirmava que apenas a educação liberta, desta forma, é correto afirmar que uma nação que conhece seus direitos não pode ser manipulada, se tornando assim um obstáculo para quem esta no poder. Um exemplo disso é o atual projeto de lei que foi aprovado, ele deixará matérias escolares como sociologia, filosofia e historia como não mais obrigatórias. Outrassim, é importante pontuar que a mídia, como forte influenciadora social e cultural reforça diariamente estereótipos e o senso comum, como o do Brasil ser “o país da impunidade” ou que brasileiro tem memória curta. Esse discurso é diariamente reproduzido pela maioria esmagadora da população, criando um ambiente onde há certa quebra do conceito de democracia, pois a nação se sente inepta a interferir politicamente. Portanto, a real problemática da falta de participação ativa do povo em questões políticas é a falta de informação, e a forte presença do senso comum em substituição da real questão, o que causa a instabilidade do país e a crise do governo na atualidade. A melhor forma de minimizar a questão é orientando os jovens desde o primórdio de sua educação a se tornarem cidadãos conscientes, por meio da escola, mais especificamente pelas aulas de historia, filosofia e sociologia. Desta forma, gradativamente as crises políticas do país se estabilizarão e os interesses do povo serão realmente defendidos.