Entre os anos de 1964 e 1985 o Brasil passou por um dos seus períodos mais violentos - a ditadura militar. Essa fase caracterizou-se pela supressão de direitos civis e liberdades individuais, censura aos meios de comunicação e violenta repressão aos opositores do regime. Esses fatores, aliados à falta de conhecimento de grande parte da sociedade em relação à política, favoreceram a resignação com o governo e por conseguinte, a durabilidade do regime totalitário. Entretanto, uma parcela da população, constituída principalmente de estudantes e artistas manifestou sua indignação com o autoritarismo através das guerrilhas e teve papel significativo no fim da ditadura. Situação semelhante observou-se no Brasil nos anos de 2013 e 2015, quando mais de um milhão de pessoas foram às ruas para manifestar sua insatisfação com a política brasileira. Essas ações foram tão relevantes que provocaram mudanças no governo do país, o que demonstra a importância da tomada de consciência da população e da necessidade de se questionar problemas latentes como a corrupção. Segundo o escritor russo Liev Tolstói, "o principal indicador de uma sociedade corrompida é a apatia de seus membros perante as injustiças do mundo". Essa frase demonstra a indubitável importância dos protestos sociais, que evidenciam os descontentamentos da nação perante o Estado e fomentam melhorias no sistema. Denota-se, portanto, que é imprescindível que os cidadãos se tornem cada vez mais conscientes dos problemas e das necessidades pelas quais o país passa, de modo a estimular transformações no cenário de crise do Brasil. O Ministério da Educação deve implantar aulas de política e economia nas escolas de ensino fundamental e médio, de forma que as crianças passem a se interessar por assuntos públicos, formando indivíduos críticos e preocupados com o bem estar social. Além disso, a mídia, que possui grande influência sobre as pessoas, pode criar programas educativos, cujo objetivo seja informar sobre a situação política no país, de forma acessível a todos.