Negligência política: caminho para a crise. Corrupção, crise hídrica e energética, descaso na saúde, violência nas ruas. A instabilidade administrativa do Brasil pode estar diretamente relacionado à ignorância política de grande parte da população. Esta hipótese solidifica-se, principalmente, no desleixo da sociedade para com a votação e no acompanhamento pós eleição. As Diretas Já foi um importante movimento civil da década de 80, onde milhares de pessoas foram as ruas brasileira pedindo por eleições diretas. No entanto, em 2014 cerca de 38% dos eleitores abstiveram-se na escolha do novo presidente, com votos brancos ou nulos, ou ausência justificada no dia designado. Além disso, o data folha realizou uma pesquisa que mostra que 44% dos que votaram não se recordam de quem escolheram como deputado federal na última eleição. Logo, a manifestação de 1983/84 parece ser ignorada diante de tamanho descaso dos brasileiros com a democracia. A negligência no pré, perante e pós eleições permite que políticos, aqueles de má índole que candidataram-se pelo dinheiro e pela credibilidade, brechas para roubarem dinheiro público e instituírem leis que os beneficiem sem pensar na população e suas necessidades. Atos esses que passam despercebidos aos cidadãos e não sofrem suas devidas consequências. Portanto, para que um melhor gerenciamento estatal seja estabelecido, faz-se necessário a instrução do povo, por intermédio do Governo Federal, com propagandas nas redes midiáticas, como internet, televisão, rádios, as quais atinjam o maior número possível de indivíduos, esclarecendo a importância da votação consciente. Deve, também, disponibilizar e anunciar sites e aplicativos que apresentem informações dos candidatos, como ações políticas, antes e após assumirem cargos públicos. E a secretaria de educação deve exigir como matéria obrigatória do Ensino Fundamental II ( do sexto ao nono ano) e Médio Noções Básicas de Política para que desde de jovens os brasileiros já saibam a exercer a democracia corretamente.