Durante o reinado autocrático do Czar Nicolau II ocorreram desigualdades de cunho econômico, social e político entre a Família Real e a população, isto até o momento em que o povo decidiu cobrar seus direitos, mesmo sendo represados no início, conquistaram o que tanto almejavam: a democracia. Tomando por base essa alusão histórica é possível dizer que, de fato, o governo democrático será aplicado quando houver participação e desalienação da sociedade na política. Segundo a máxima do dramaturgo George Bernard Shaw, é impossível haver progresso sem mudança de mente, logo, seguindo essa lógica, é factível correlacionar o desinteresse do povo na política como causa das crises, como também indicar a presença populacional no âmbito político como solução hodierna para tais. O motivo da indiferença dos brasileiros por assuntos políticos se dá pela descrença em melhorias no sistema estatal, esquecendo-se de que o progresso ou regresso político depende de sua ação e reação ante efetivações contrárias ao que prevê a democracia. Ainda sob análise desse prisma, a sociedade já não não vê mais o sufrágio como direito mas sim como uma imposição, obrigatoriedade sem nenhum poder de mudança. O ceticismo tem sido o maior culpado para todos os problemas enfrentados pelos cidadãos, carentes de justiça e honestidade acabam por optar pela incredulidade no avanço do País. Logo, inertes à situação, colaboram indiretamente para colocação de lideranças corruptas no governo que perpassam gerações. Destarte, à princípio, é crucial a metamorfose do pensamento pessimista comum acerca do governo e suas vertentes. Portanto, sabendo da relevância da escola e dos mecanismos midiáticos como agentes influenciadores, cabe-lhes como dever informarem a importância do exercício consciente do sufrágio como determinante para o desenvolvimento geral do País. Além disto, a própria sociedade como agente transformador precisa referir o valor da prática de reivindicar seus direitos mediante cobranças, protestos e fiscalização da gestão política.