O Brasil já passou por turbulentas fases em seu campo político. Desde as oligarquias cafeicultoras no inicio do século XX, o brasileiro ja assistiu estarrecido a suicídio do presidente, renuncia, golpe e impeachment do famigerado “caçador de marajás”. Logo, uma descrença do povo quanto aos seus governantes foi criada e ainda é evidente, devido a falta de ética de alguns indivíduos e o desconhecimento sobre o funcionamento da máquina pública. Não é raro encontrar nas diferentes mídias hoje disponíveis, a divulgação de novos esquemas de corrupção. Nos últimos anos, presidentes e ministros de estados já foram citados em delações de empresas ou até mesmo foram filmados e gravados, na prática de alguma atividade ilícita. Nomes como Lava Jato, Zelotes, Janus e Calicute, foram incorporados ao vocabulário da população e ganharam novo significados, graças as operações da Policia Federal. Nas últimas eleições municipais, o número de abstenções e votos em branco foi um recorde. O triunfo de candidatos que se vendiam como “gestores” e não políticos também foi notório, o que explicitou o desejo de mudança por parte dos eleitores, cansados dos mesmos caciques políticos. Por outro lado, o desinteresse é reflexo também da falta de educação quanto a politica. Um aluno do Ensino Médio conclui os estudos com o conhecimento sobre a “Tripartição dos Poderes”, proposto por Montesquieu e utilizado na República Presidencialista do Brasil. Porém, o mesmo estudante é incapaz de dizer as especificas funções de um Presidente, Senador ou de um ministro do Superior Tribunal Federal. Logo, é necessário fazer o brasileiro reconhecer a sua importância na elaboração do cenário politico nacional. Através de uma reforma na grade curricular vigente, os diferentes pontos de vistas do mundo politico podem ser abordados, como ideologias, correntes econômicas e sociais, para que os jovens do futuro tenham a consciência politica que tanto falta nos cidadãos hoje em dia.