Título da redação:

Desça o político do pedestal

Tema de redação: A relação entre as crises brasileiras e a consciência política na sociedade

Redação enviada em 06/08/2017

O Brasil, desde os primórdios, passou por situações onde modelos governamentais autoritários, conservadores e concentrados nas mãos de uma minoria elitista, favoreceram a ocorrência de crises dentro de uma sistema que já se encontra falho a muito tempo. Com isso, teorias Lamarckianas não se adequam a uma época, em que a corrupção estamental se alastra em vários setores, então, ao invés do homem se adequar a este tipo de situação, se faz necessário seu combate. Com isso, pensamentos machadianos sobre a essência humana, sendo que esta se encontra em um estado de maldade inerte ou com inclinações para ela, exemplificam a atual situação democrática brasileira, na qual governantes estatais, ao deparar-se com as altas condições de vidas fornecida a funcionários públicos, acabam por esquecer suas reais funções: serem os representantes de camadas sociais da nação. Dessa forma, falhas causadas por esses representantes, ao representar os interesses de parcelas socias, principalmente aquelas mais carentes, promove crises de cunhos variados. Apesar das crises terem nossos governantes como principais agentes, eles não são os únicos. Uma vez que eleitores definem-se como aqueles que definirão nossos dirigentes, uma parte dessa culpa cabe a todos nós. No entanto, cada eleitor deve posicionar-se como um cidadão ativo, responsável por fiscalizar seus representantes, e exigir que suas funções sejam exercidas devidamente. Além de que os sufragistas devem possuir um senso crítico, capaz de perceber momentos onde movimentos populares são necessários, como o caso da Revolta da Chibata e a Guerra do Contestado, onde injustiças promovidas pelos governantes durante o período Oligárquico, levaram a população a manifestar sua insatisfação. É notório, portanto, que mudanças a respeito do atual sistema governamental brasileiro devem ser realizadas. Em primeiro lugar, a idealização do político deve ser desfeita, ele deve ser colocado na situação de cidadão comum, para que possa entender nossas lutas. Poderiam, por exemplo, reduzir os altos salários direcionados aos funcionários públicos, uma vez que o salário mínimo nem se compara em valor. Além de cortar benefícios financiados pelos impostos, o governante deveria utilizar os recursos que ele dispõe ao povo, como nossos precários sistemas de saúde, educação e transporte. Dessa forma, governantes incluirão seu bem-estar ao das pessoas, e podem com isso, fornecer serviços de qualidade, e assim crises causadas por gastos governamentais exacerbados podem ser evitadas, no entanto uma população ciente das ações de seus representantes é necessária.