Um país ideal é aquele onde seu povo se envolve ativamente com sua política; entretanto, o que é visto no Brasil é a alienação política geral provocando assim inúmeras crises nos mais distintos setores da sociedade. Percebe-se, portanto, que as crises sociais em uma nação têm uma ligação direta com o nível de consciência política de seu povo. A falta de envolvimento do brasileiro na política é um fato simples de ser constatado. Prova disso é a reduzida rotatividade de políticos eleitos. É extremamente comum cargos do executivo sempre serem reeleitos. Podendo-se cita como exemplo o cargo de presidente que teve apenas 3 políticos eleitos nos últimos 22 anos. A situação para cargos legislativos é ainda pior já que não existe limite de reeleições. Essa baixa rotatividade é o ambiente perfeito para que os políticos descansem na situação de poder e deixem de exercer suas funções com comprometimento desenvolvendo assim várias crises políticas. Nesse sentido convém também mencionar o baixo nível escolar do brasileiro em geral, refletido diretamente na política. Muitos brasileiros não sabem, por exemplo, qual a função de um vereador, senador ou deputado. Tornando assim impossível que estes sejam cobrados pela população. Também é devido a ignorância política que muitos não conseguem compreender que a falta de verba para diversos “interesses” públicos é causa direta da péssima escolha de representantes políticos. É visível, portanto, que as crises na sociedade brasileira estão umbilicalmente relacionadas com a falta de consciência política da sociedade. Logo, medidas devem ser tomadas para aumentar o envolvimento político da população. Primeiramente, deve-se aumentar a rotatividade dos políticos, principalmente no poder legislativo pois como disse Eça de Queiroz, “Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelos mesmos motivos”. Além disso, é necessário educar o povo brasileiro, para que o mesmo possa produzir um pensamento mais crítico sobre política e entender que os políticos “estão no poder” para servir a população e não para serem servidos.