Presenciamos uma conjuntura em que figuram várias crises, desde a econômica até a mais importante, a crise ética e moral. Diante desse cenário, a consciência da sociedade mostra-se um ponto crucial, pois a partir dela, há mudanças como as que ocorreram com as manifestações de 2013.  A lógica da democracia consiste em atribuir poder e isonomia o todos, o que garantiria a participação política de forma igualitária, porém, para isso, seria necessário que a população possuísse consciência política, ou seja, soubesse que é a própria força responsável por mover o sistema. Todavia, nossa realidade é o oposto, desde cedo é incutido na cabeça de nossas crianças que não se pode lutar contra o Estado, tal faceta decorre do sucateamento do ensino e dessa forma, a cada geração, tornamos a encorpar a "massa de manobra".  Diante desse recorrente quadro de subestimação do povo, esse está, aos poucos, tomando consciência de seu real valor na sociedade, como nas revoltas que aconteceram em 2013. As manifestações não foram somente contra o aumento da tarifa nos transportes, mas foram palco também para demonstrar a insatisfação da nação em relação a todos os setores, sejam eles político, econômico ou social.   As manifestações foram um exemplo de que quando nos envolvemos de maneira eficiente na conjuntura política, há mudanças, ou seja, uma forma eficaz de superar as crises é com uma participação política de qualidade, garantida pela plena consciência institucional da sociedade. A reforma educacional dirigida pela esfera federal junto ao ministério da educação, conciliado à mobilização da população em prol de seu maior engajamento social, através de campanhas disseminadas na televisão, redes sociais e pelo rádio, ajudará a tirar gerações da ignorância e a tratar a pior das crises que assola nosso país, a crise ética e moral.