No limiar da hodiernidade o Brasil um grande dilema: a grande relação entre as crises atuais e a falta de consciência política de grande parte da população. Frente a essa realidade, a mistura de ambos tem todos os sinais para se tornar um dos maiores obstáculos a serem confrontados pelo Brasil no século atual. Nunca na história do País houve condições técnico-científicas tão favoráveis à superação das crises políticas e econômicas. Contudo, o que se observa, é um cenário no qual a antiga Ilha de Vera Cruz encontra-se devastada. Nesse sentido, segundo dados do Instituo de Ciências Humanas da Universidade de Brasília (UNB), o Brasil passa, em 2017, por uma das maiores crises de sua história. Dessa forma, não basta desejar ou defender propostas de mudança, pois essas ações por si só não passam de palavras que se perdem na inércia. Em meio a esse contexto de crise, a pouca consciência política do brasileiro configura-se como uma das principais causas deste cenário. Nesse viés, tendo como base os princípios da Física Clássica, quando um circuito elétrico se sobrecarrega, a primeira peça a queimar é o fusível. De forma análoga, a lógica da sociedade brasileira também está pautada no sacrifício dos mais fracos para sanar os interesses daqueles que detém o poder. Dessa maneira, do ponto de vista matemático, o engajamento político é uma grandeza inversamente proporcional à crise. Parafraseando Eduardo Galeano, a primeira condição para mudar uma realidade consiste em conhecê-la. Tomando como norte a máxima do autor, para reverter este quadro de crise são necessárias alternativas que tenham como protagonistas a tríade Estado, escola e mídia. O Estado, por seu caráter socializante deverá promover políticas públicas que visem aumentar o número de empregos formais para que o capital possa circular e todos os setores da economia se beneficiarem; a escola, formadora de caráter, deverá preparar o aluno, durante toda sua vida escolar, para que este saia totalmente preparado para ingressar no ensino superior ou para o mercado de trabalho, já com o ensino técnico em sua respectiva área; a mídia, quarto poder, deverá veicular campanhas que engendrem o aluno a aproveitar ao máximo as oportunidades que eles terão. Somente assim, tirando as pedras do meio do caminho, construir-se-á um Brasil economicamente mais desenvolvido.