Na história brasileira, muitos são os exemplos de como a insatisfação política, social e econômica derivou a propagação de ideais e a organização de manifestações populares. O movimento das "Diretas Já" (1984) marcou o fim da Ditadura e foi um dos pilares para o aumento da participação e conscientização política ainda presentes na sociedade brasileira. No âmbito educacional, a crise derivada da baixa valorização de professores, da precariedade estrutural de escolas e faculdades públicas e da ausência de oportunidades a crianças e adolescentes brasileiros chamou atenção de estudantes como Tábata Amaral, que conseguiu ingressar em Harvard não apenas por mérito, mas por ter recebido apoio de professores e amigos. Tábata explicita, em um movimento que ajudou a criar, o "Mapa Educação", que a educação brasileira pode ser melhorada e ampliada a partir de incentivos e oportunidades. A participação política de jovens como ela ajuda a compartilhar ideias novas para amenizar crises do país. Em "A República de Platão", o filósofo questiona a democracia e propõe um governo "ideal" totalitário. Diante de sua visão, muitos líderes alimentaram uma visão negativa desta obra; contudo, Martha Nussbam analisou a República Platônica e deixou explícito a possível melhora deste modelo político a partir das críticas. No livro "Jogos Vorazes", igualmente, é mostrado um governo totalitário e suas circunstâncias, o suficiente pra as pessoas tirarem conclusões, analisá-las e refletir acerca de melhoras cabíveis. Dessa forma, é notável que a adquirição de conhecimento está relacionado à participação política e à amenização de crises. Escolas devem dar mais espaço para gincanas que simulem reuniões governamentais, para discutir desde reformas ambientais à educacionais, de forma a ampliar a visão crítica dos alunos e a comunicação entre eles. O MEC deve incentivar intercâmbios de faculdades públicas, pelo aumento da verba direcionada a estes, para que alunos continuem a conhecer novas realidades e a aplicá-las no Brasil.