O "Imperativo Categórico", do pensador Immanuel Kant, propõe que a ética emerge, e a vontade geral se sobrepõe sobre à vontade individual. No entanto, a consciência política é essencial para o bem-estar social, mesmo que, o Brasil possua um contexto histórico de negligências. Dessa maneira, é necessário atribuir maior responsabilidade à sociedade, como também, repensar o modelo político atual. O “Capital Social”, apontado pelo sociólogo Robert Putnam, assegura que quanto maior a participação e a contribuição da sociedade, menores os problemas sociais. Entretanto, é notório que no contexto atual, o país se encontra em uma crise ética, em que os atos de corrupção criaram um estereótipo do verdadeiro significado de política. Dessa maneira, a união dos fatores como a crise e a consciência politica é importante para a construção da democracia, já que a escassez do interesse da população deixa o poder público agir com maiores consequências e com interesse próprio. Nesse sentido, à medida em que as raízes históricas e sociais que vão contra o governo perpetuam na consciência da sociedade civil, constrói-se uma cultura revolucionária em que o propósito maior é a queda do Estado. Todavia, a precariedade dos recursos destinados aos setores do país é determinante para o mau funcionamento dos órgãos e serviços que deveriam ser garantidos pelo governo. Assim, a ausência de uma educação de qualidade torna o brasileiro empobrecido de um pensamento mais crítico acerca da sociedade e fica incapaz de visualizar as falhas políticas, não despertando desejo de mudança e de envolver-se politicamente. Portanto, percebe-se a forte relação entre a empobrecida consciência política dos brasileiros e as crises atuais do país, inferindo-se a necessidade de medidas para contornar esse impasse. Uma intervenção viável é a construção obrigatória de bibliotecas nas escolas, protagonizada pelo Ministério da Cultura, acompanhada de campanhas nos meios de comunicação incentivando a leitura, a fim de oferecer de forma ampla uma das principais fontes de desenvolvimento do pensamento crítico: O hábito de ler. Outrossim, o MEC deveria tornar obrigatórias no Ensino Médio aulas de atualidades, com o objetivo de manter os alunos à par dos acontecimentos do Brasil e do mundo, tirando-o, de certa forma, da alienação. Só assim, será possível diminuir a frequência de crises no Brasil e minimizar o impacto delas sobre a população.