Um dos grandes desafios do século XXI é o desenvolvimento sustentável. Sabe-se que ações antrópicas como urbanização, industrialização e uso de combustíveis fósseis provocam diversos danos ao meio ambiente. Contudo, um ponto muitas vezes ofuscado – devido ao maior enfoque midiático na mudança de matriz energética – é o papel dos resíduos urbanos. Segundo a lei 12.305 resíduos sólidos urbanos são definidos como aqueles originários de atividades domésticas, varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana. Desta forma, diferentemente dos resíduos industriais, - que muitas vezes são descartados longe dos grandes centros e necessitam de uma avaliação técnica – os resíduos urbanos possuem uma relação estreita com ações simples do cotidiano populacional. Ademais, com o aumento da população e consequentemente do lixo gerado, a responsabilidade e a contribuição de cada domicílio e cidadão, tornam-se evidentes. Dados publicados no “The Economist” demonstram que em países desenvolvidos como Noruega e Japão, mais de 70% do lixo urbano é triado sob a forma de coleta seletiva. Ademais, mais da metade dos resíduos são reutilizados e/ou reciclados de alguma forma. No Brasil, com excessão do alumínio, os índices de reciclagem e/ou reutilização não alcançam 50%. Diante do exposto, medidas são necessárias a fim de resolver o impasse. O ministério das cidades em conjunto com os governos estaduais e municipais deveriam incentivar através de benefícios fiscais empresas que promovam a reciclagem e a reutilização de resíduos urbanos. Além disso, faz-se necessário uma campanha nacional por parte do governo federal em conjunto com os veículos de comunicação de massas a fim de instruir a população no processo de separação de lixo e das consequências do descarte inadequado desses resíduos.