Na década de 70, o mundo parou para observar os impactos ambientais causados pela sociedade. Em 1992, foi realizada a Rio-92, evento que pautou e norteou um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais ambientalista. Nesse viés, foram elaborados pactos entre países para retardar — mas não acabar — o processo de deterioração da natureza. Contudo, ainda existe, principalmente no Brasil, a irresponsabilidade política e social dos resíduos sólidos, ocasionando no retrocesso e estagnação das políticas sustentáveis. A Constituição Federal brasileira é uma das mais completas do mundo, e nela se destaca também leis com relação ao lixo urbano. A lei dos Resíduos Sólidos Urbanos, via de regra, prevê a redução na geração de lixo com propostas de hábitos mais sustentáveis. Todavia, tal política é completa no papel e deficiente na atuação real. O plano de substituição do lixão por aterros sanitários são sempre adiados, além de que essa lei tornou-se ineficaz uma vez que mais de 40% do lixo brasileiro tem destinação inadequada. Paralelamente, uma família brasileira desperdiça, em média, 1/3 dos alimentos que compram, seja por passarem da validade ou não está com aparência apetitosa. As formigas, diferente dos humanos, come o que é desperdiçado nos lares e sabem o que buscar, a quantidade e qualidade para distribuição na colônia, como também, armazenar alimentos para casos de falta no ambiente. Dessa maneira, a sociedade deveria aprender a lição que a natureza dá através das formigas. Se uma família souber disciplinar as compras dos alimentos, com a distribuição certa entre as pessoas, e, se caso houver desperdício, compartilhar ela com a colônia, ou seja, entre a população pobre, tais problemas de acúmulo de resíduo sólido reduziriam drasticamente. Sabidamente, o desperdício zero é utópico e os planos de ação do governo para estabilizar os problemas estão sem êxito. É primordial que a aplicabilidade da lei dos resíduos sólidos seja eficiente e, por conseguinte, deixe de adiar projetos; também, incentivo à outras ações com a colaboração de ONGs é importante para achar a solução correta para o destino do lixo urbano. Concomitante a isso, o indivíduo deve aprender a autodisciplinar-se na hora da compra dos alimentos para não ocorrer perdas, se caso houver, seria interessante que as casas e restaurantes compartilhassem em creches e comunidades carentes os alimentos que estão perto do vencimento ou com má aparência vistosa, mas com qualidade.