“Os destinos da Terra e da humanidade coincidem: ou nos salvamos juntos ou sucumbimos juntos”. Essa reflexão do teólogo e ambientalista, Leonardo Boff, provoca questionamentos relacionados ao papel da sociedade para com a preservação do planeta. Pensando nisso, é importante lembrar que o aumento dos resíduos sólidos urbanos, bem como seu descarte inadequado, é um problema cada vez mais agravante nas cidades brasileiras e cabe não só ao governo, mas também aos cidadãos tomarem medidas para solucioná-lo. Sabe-se que o descarte incorreto do lixo é um fator que contribui bastante para a proliferação de vetores causadores de diversas doenças. No entanto, mesmo com a Política de Resíduos Sólidos que determinava o prazo de extinção dos lixões brasileiros até 2014, ainda hoje, essa forma primitiva de descarte de resíduos ainda é utilizada em muitas cidades brasileiras e está longe de ser erradicada. Isso ocorre, em parte, por falta de interesse da prefeitura dessas cidades e, em parte, porque o governo brasileiro, muitas vezes, não proporciona verba suficiente e, dessa forma, a criação de aterros controlados e extinção dos lixões fica impossibilitada. Além disso, segundo pesquisas, de 2003 para 2014, a população brasileira aumentou 6%, já o lixo gerado cresceu 29%. Esses dados revelam que a população passou a consumir mais e, consequentemente, descartar mais. E isso, em um futuro bem próximo, acarretará graves consequências: Onde colorarão o lixo? Ademais, a falta de coleta seletiva e reciclagem por parte da população agrava este problema, pois o que poderia ser reutilizado vai parar juntamente com os dejetos. Dessa forma, diante de tal problemática, faz-se necessário, primeiramente, que o governo disponibilize uma verba maior às cidades mais pobres para realizarem o descarte correto dos resíduos. E ainda, tornar a coleta seletiva uma realidade no brasil, com a separação correta dos materiais pelas comunidades e a coleta correta pelos caminhões de lixo. Também, a criação de movimentos como o Sou Resíduo Zero em todo o país, para incentivar a reciclagem e o não desperdício, além disso, também torna-la fonte de renda para muitas pessoas.