O Brasil, país em vias de desenvolvimento, conta com vasta de extensão territorial, com um crescente contingente populacional e, consequentemente, com grande quantidade de resíduos urbanos. No entanto, o destino sustentável de tais resíduos ainda não ocorre plenamente, uma vez que esse cenário carece de engajamento social. No território nacional, o alto consumo da população fez aumentar o número de lixo, não possui descarte apropriado. Com o aumento do poder de compra da população, nos últimos anos, aliado aos recursos propagandistas midiáticos, que incitam o consumismo, os brasileiros passaram a comprar mais e a descartar lixo mais rapidamente, isso sem antes mudar os hábitos referentes a essa eliminação. Dessa maneira a elevada quantidade de resíduos produzido sem tratamento adequado prejudicam a limpeza das cidades e a saúde pública na mesma. Ainda, a ausência de conhecimento da população contribui para o descarte inapropriado do lixo. Muitas pessoas não recebem informações precisas sobre a importância do armazenamento adequado dos diferentes tipos de resíduos e de sua eliminação correta. Sem esse conhecimento, as possíveis reciclagens de produtos considerados lixo seco - vidro, plástico e metais- não acontecem e o descarte do lixo orgânico, que também pode ser reaproveitado, é feito de forma errada. Assim, a questão dos resíduos urbanos torna-se um problema significativo. Além do mais, a falta de participação do poder público e privado contribuem negativamente para esse cenário. A presença de poucas empresas, destinadas a coleta seletiva e a reciclagem, no território nacional, faz com que a expressiva quantidade de lixo que daria para ser convertidos em novos produtos e comercializados sejam despejados em lixões a céu aberto. Logo as condições sanitárias urbanas são prejudicadas assim como a economia, haja vista que tais serviços geram empregos e circulam capitais. Assim, para que ocorra a participação responsável de toda sociedade nesse cenário e haja o descarte sustentável de resíduos urbanos, mudanças devem ser feitas. É preciso que a mídia, responsável incentivar o consumismo, faça a divulgação acerca da eliminação correta do lixo e como essa deve ser feita, a fim de possibilitar que toda a população tenha conhecimento e colabore com o destino dos rejeitos. Por fim, é necessário que o Governo Federal, em parcerias com a iniciativa privada, favoreça a criação de empresas de coleta seletiva e de reciclagens em todas as regiões do país e crie projetos, em parcerias com as escolas, para garantir que lixo tenha um fim sustentável e favorecer a participação social, respectivamente. Só assim o país, a longo prazo, não terá os resíduos urbanos como um impasse.