O aumento populacional inerente às sociedades que dispõem de acesso à saúde e saneamento básico provoca impactos ambientais, na medida em que exige maior extração de recursos da natureza e, especialmente, contribui significativamente com o aumento da produção de resíduos urbanos. Em todo o país, entre 2003 e 2014, a população aumento 6%, enquanto a geração de lixo, no mesmo período, cresceu 29%. O que justifica essa desproporcionalidade observada? Primeiramente, cabe ressaltar a mudança nos padrões de consumo da população que, influenciada pela publicidade indiscriminada veiculada pela mídia, adquire produtos dos quais não necessita. Além disso, o ritmo desenfreado da vida nas cidades faz com que as pessoas consumam grande quantidade de alimentos industrializados, cujas embalagens, muitas vezes, não são biodegradáveis. Deve-se atentar, também, à vida útil dos depósitos de lixo. A gestão ineficiente desses locais, cuja capacidade é esgotável, pode resultar na necessidade de criação de novos aterros cada vez mais rapidamente. Em contrapartida, é importante que os setores governamentais atuem de forma a estimular o comportamento sustentável do cidadão, oferecendo serviços de coleta seletiva e desenvolvendo programas de educação ambiental, com vistas à conscientizar quanto à interferência negativa que o comportamento humano impõe ao planeta. Apenas promovendo uma integração eficiente entre sociedade e meio ambiente é possível minimizar os prejuízos causados pela postura consumista da população e propiciar a construção de uma atitude reflexiva perante as consequências advindas do atual modelo de vida.