O excesso de produção de lixo somado à falta de um sistema de descarte eficiente torna os resíduos urbanos um problema de saúde pública no Brasil. A geração demasiada de lixo pela população a partir do consumo igualmente exagerado é um entrave na construção de uma sociedade sustentável, tão necessária na atual conjuntura mundial. Assim, é necessário criar mecanismos que reduzam a produção de resíduos urbanos no país. A partir da Revolução Industrial, no século XVIII, o modelo capitalista de criação e consumo de mercadorias se firmou em diversas sociedades. Baseado na consumação desenfreada, essas sociedades produziram cada vez mais lixo, sem a evolução de um sistema eficaz de destruição deste. Logo, o homem degradou o meio ambiente, afetando a vida de outros organismos vivos, poluindo rios e ares, destruindo a camada de ozônio, provando a insustentabilidade desse modelo em relação à vida. Além de degradar a natureza, o acumulo de resíduos urbanos traz problemas de saúde para o homem. Lixões a céu aberto e descartes espalhados pelas cidades são atrativos para os roedores e micro-organismos que podem causar doenças no ser humano. Desse modo, é primordial que a prefeitura armazene corretamente o lixo urbano. Por outro lado, apenas o armazenamento correto desse lixo pela prefeitura não resolve a questão. A população precisa ser educada e reeducada. Não raro, o cidadão joga lixo na rua e deixa de separar corretamente os resíduos sólidos, mesmo quando possui coleta seletiva em sua cidade. Isso afeta o trânsito, entupindo bueiros, e impede a reutilização e a reciclagem de materiais. Portanto, é urgente a obrigação da população de assumir a sua responsabilidade social, reduzindo a geração de resíduos e aumentando o seu descarte eficiente. Primeiramente, as prefeituras devem oferecer ao cidadão serviços de limpeza urbana e armazenamento adequado do lixo em aterros sustentáveis. Também deve investir na coleta seletiva, aumentando a taxa de reciclagem nas cidades. Isso poderia inclusive gerar novos empregos em postos de coleta e reciclagem. Às escolas, cabem ensinar os alunos a separar os resíduos e a reduzir a pegada ecológica, reduzindo o consumo, através de palestras e feiras de conscientização. Buscando reeducar os adultos, legisladores poderiam criar leis que multem o cidadão que for atuado jogando lixo na rua, assim como acontece em países na Europa. Por fim, em casa, as famílias podem realizar compostagens com os resíduos orgânicos, produzindo adubos para utilizar no próprio jardim. Isso reduziria os custos na jardinagem além de reaproveitar materiais que seriam simplesmente descartados.