O crescimento desenfreado e não planejado das grandes cidades, aliado à escassez dos recursos naturais do meio ambiente colocam em discussão a relação entre a responsabilidade social e os resíduos urbanos no Brasil, cuja relação é de grande importância nos dias de hoje, principalmente, no que concerne aos impactos ambientais. Com o crescimento das grandes metrópoles e da população, os resíduos, caracterizado por toda a sobra decorrente das atividades domésticas, comerciais e hospitalares, têm aumentado de maneira desproporcional. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2014, 41,6% do lixo em todo o Brasil foi direcionado para locais inadequados, como lixões e aterros controlados. Esse descarte inapropriado, ocasiona a contaminação dos solos e lençóis freáticos. Além disso, somente 3,1% do lixo descartado no ano de 2012 foi direcionado à coleta seletiva, segundo pesquisa mais recente do Sistema Nacional e Informações sobre Saneamento (SNIS). Esse resultado demonstra o quanto as cidades cresceram de forma precária e sem planejamento, o que proporciona graves problemas ambientais e que poderão se agravar caso não seja tomado nenhuma providência. Além disso, o consumo desenfreado, que traz como consequência o aumento da produção industrial, leva à escassez dos recursos naturais, que podem demorar centenas de anos para serem sintetizados. Em 1992 ocorreu a conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, denominada Rio 92, na cidade do Rio de Janeiro. Essa reunião tinha como objetivo discutir uma forma sustentável de continuar o desenvolvimento dos países sem prejudicar o meio ambiente. Após 14 anos que sucedeu esse encontro, o tema sustentabilidade nunca foi tão importante como é nos dias de hoje. Atualmente há aproximadamente 7,2 bilhões de habitantes no mundo, consumindo a cada dia toneladas de resíduos. Portanto, a conscientização da população quanto ao seu papel na luta contra a degradação ambiental e a necessidade de tornar o consumo sustentável, corte de supérfluos o que diminui a produção de lixo, um hábito rotineiro é fundamental para o futuro do planeta. Dessa forma, com a falta de planejamento nos centros urbanos com relação ao descarte do lixo, associada à degradação do meio ambiente, coloca a necessidade de se aumentar a responsabilidade social, não somente por parte da população, mas também pelo governo. Nessa ação, a tarefa dos municípios é de construir a quantidade de aterros sanitários, que não poluem o meio ambiente assim como os lixões e aterros controlados, de acordo com o número de habitantes de uma região. Em consonância à essa realização, a população pode utilizar a tecnologia ao seu favor, deixando de consumir bens materiais, como livros, papéis, cd´s, dvd´s e entre outros, substituindo-os por mídia digital e, principalmente, cortar tudo aquilo que é supérfluo, criando o hábito do consumo consciente e sustentável. Ações essas, por parte do poder público e dos cidadãos, que poderão levar ao menor impacto ambiental e, consequentemente, na economia dos recursos naturais.