A máxima “nada se cria, tudo se transforma”, proferida por Lavoisier há mais de duzentos anos, persiste até hoje. Essa ideia, foi uma entre tantas, responsável pelo avanço científico atual. O homem transforma o meio em que vive para satisfazer suas necessidades e carências. Porém as consequências são abundancias de resíduos, poluição, escassez de matérias-primas, entre outros. A maneira como isto caminha, demonstra a imaturidade do pensamento humano em achar que os recursos são infinitos e que seus atos ou a falta deles não tem consequências. A população brasileira cresceu cerca de 6% entre os anos de 2003 e 2014, todavia o lixo gerado no mesmo período sofreu um aumento de 29%, segundo dados da Abrepe. O incentivo ao consumo aparece como a maior causa dessa diferença. De maneira que o problema se agrava quando não se dá o encaminhamento correto a estes resíduos. A existência de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos desponta como mera figura decorativa, haja vista, que não é cumprida. Exemplo disto é a substituição dos lixões por aterros sanitários que tinha como prazo limítrofe o ano de 2014. O descarte incorreto de resíduos gera efeitos desastrosos para o meio ambiente. Como é o caso da Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi utilizada mesmo abaixo dos padrões sanitários internacionais, nas olimpíadas Rio 2016. Outro ponto que chama atenção é o fato cultural. O povo brasileiro diferente de alguns países como Japão, não tem o hábito de conservar o ambiente. Visto que, é mais fácil achar um brasileiro arremessando lixo da janela de um carro que um recolhendo. Logo, se faz necessário que o Governo incentive debates e palestras nas escolas do país, para todos os níveis de escolaridade, conscientizando a população da importância de práticas de sustentabilidade. Outro ponto é a adoção de métodos que incentivem tais práticas, voltadas para o corpo empresarial, como por exemplo, a redução da carga tributária para quem atingir determinada meta de redução de desperdício. O Estado deve ainda, incentivar a criação de cooperativas de usinas de reciclagem em locais de lixões, para que as pessoas que dependem destes locais para sobreviver tenham outro meio de vida.