O século XVII revolucionou a relação entre indivíduo e sociedade; o advento da Revolução Industrial transformou hábitos e criou novas necessidades, assim teve início à intensificação do descarte de resíduos urbanos. Desse modo, devido à necessidade de expansão do mercado, sucedeu a globalização, que hoje interfere no modo de vida dos cidadãos, principalmente nos países classificados como emergentes, África do Sul, Brasil, China, Rússia... Porém, no que concerne ao Brasil, à interferência que tem maior impacto na sociedade é o aumento da produção de resíduos, bem como a armadilha da obsolescência planeja e percebida. A humanidade, já passou por inúmeras transformações, por exemplo, a decadência da idade das trevas que deu luz ao surgimento do Renascimento Cultural e com isso a ruptura com ideias teocêntricas para as antropocêntricas, logo, colocando o homem como sujeito responsável pelos seus atos. Diante disso, o modo de sociabilidade se metamorfoseou; atualmente, a sociedade de consumo dita as regras, consumir e descartar se tornou a ordem do dia. Nesse sentido, o Brasil se destaca na produção de lixos urbanos, uma vez que entre 2003 e 2014 o descarte de lixo cresceu 23% a mais que a própria população, entretanto a responsabilidade sobre o lixo não reside apenas no conjunto social. As leis de expansão econômica exigem sempre novos mercados consumidores, na impossibilidade de concretizar essa demanda se remodelam as leis, de tal forma que, criam-se outras para satisfazer o desejo indomável pelo lucro. A inovação para dar continuidade às altas taxas de lucro foi à obsolescência planeja e a obsolescência percebida. Obsolescência é a programação dos objetos para o descarte, a obsolescência planejada é idealizada na formulação da mercadoria, onde os esforços se concentram em tornar determinado objeto inapto a novas atualizações de sistema ou incompatível com programas e acessórios, já a obsolescência percebida é aquela que está sensível à percepção, isto é, a fragilidade do objeto diante de quedas e a ambientes climáticos desfavoráveis, como à chuva. Dessa forma, para evitar o aumento da produção de resíduos urbanos é imprescindível que o governo federativo elabore um projeto de conscientização do consumo, visando estabelecer dados estatísticos que informe ao cidadão quando seu padrão de consumo ultrapassou os limites aceitáveis ao meio ambiente, além disso, é crucial que Ongs fornecessem aulas públicas de reutilização inteligente em que ensinem o reaproveitamento dos materiais que iriam para o descarte. Assim sendo, também é necessário que a OMC (Organização Mundial do Comércio) elabore um estatuto que busque estabelecer multas às estratégias descabidas para acelerar o ritmo de descarte dos objetos, assim estabelecendo uma relação de responsabilidade entre o público e o privado sobre os resíduos urbanos.