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Redação sem título.

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 11/04/2017

A reforma previdenciária prevê mudanças que acarretarão um possível benefício fiscal. No entanto, é importante salientar que a previdência social não é apenas uma questão fiscal e que tal reforma romperá com os princípios e diretrizes básicos da previdência, que é prover maior qualidade de vida aos brasileiros. O projeto de reforma da previdência dificultará o acesso à aposentadoria para quem ainda não tem direito ao benefício. De acordo com as novas regras, uma pessoa que comece a contribuir com 25 anos se aposentará, com totalidade do benefício, apenas com 74 anos de idade, o que será um desestimulador para jovens que desejam dedicar alguns anos da sua vida de forma integral aos estudos acadêmicos para só depois entrar no mercado de trabalho. Dessa forma, muitos irão preferir um ensino técnico ou um curso mais rápido, o que diminuirá a mão de obra qualificada no país. Além disso, em 2015 a expectativa de vida do brasileiro, de acordo com o Portal Brasil, foi medida em 75,5 anos. Isso revela que muitas das pessoas que queiram esperar o tempo necessário para receber o valor integral do seu benefício não conseguirão chegar a essa idade ou terão um tempo útil de aposentadoria muito curto, não conseguindo aproveitá-la. É indiscutível, também, que na vida de um trabalhador há a possibilidade de ocorrer momentos em que não será possível contribuir com a previdência, por questões de desemprego, por exemplo, o que postergará ainda mais sua aposentadoria. Com isso, é importante que os governantes levem em conta que, apesar do possível impacto positivo nos cofres públicos, há meios de angariar recursos financeiros sem prejudicar os direitos sociais. O economista Guilherme Costa Delgado afirma que o aumento da despesa previdenciária deve ser resolvido com a criação de novas fontes de recursos, o que incluiria uma reforma tributária, e não uma redução de direitos conquistados. É preciso levar em conta, ainda, que os enormes escândalos de corrupção dos quais o Brasil sempre esteve envolvido, a exemplo da Lava Jato, desvia boa parte do dinheiro que deveria ser utilizado para o bem social, contribuindo para o desfalque dos cofres públicos. É preciso, pois, que o governo repense em todas as possibilidades existentes de obter recursos sem prejudicar os direitos dos trabalhadores. À mídia, cabe levar economistas e pessoas qualificadas em programas de televisão e jornais para ajudarem a população a formar uma opinião e apresentar novas possibilidades ao governo. Ademais, é de indubitável importância que a população fiscalize os governantes constantemente para evitar casos de corrupção. Para isso, as escolas devem orientar seus alunos da importância de ser cidadãos críticos e ativos dentro da sociedade, por intermédio de aulas e debates sobre questões sociais.