O Brasil enfrenta uma transição demográfica, na qual a população idosa está em crescimento, enquanto que a taxa de natalidade encontra-se em regresso. Nesse contexto, a instabilidade das contas públicas deflagrada nos últimos anos compromete a estrutura da Previdência Social. Esse desequilíbrio na previdência se manifesta, sobretudo, devido à curta idade proposta para receber o benefício. Nesse sentido, o Brasil fornece aposentadoria para cidadãos em média de 58 anos de idade, logo, americanos, gregos e franceses adquirem tais direitos somente com cerca de 65 anos. Somado a isso, o desemprego impulsiona a população economicamente inativa, o que reduz a quantidade de contribuintes. Em virtude disso, o Mosaico do Orçamento da Fundação Getúlio Vargas afirma que após a crise financeira de 2015, o deficit da Previdência Social aumentou de 0,9% para 2,4% do Produto Interno Bruto. Outrossim, a corrupção é um dos principais fatores que dissolvem o sistema previdenciário. Em consequência disso, a maioria dos servidores públicos do Rio de Janeiro tiveram o benefício de dezembro de 2016 concedido em março de 2017, após a devolução de verbas que foram desviadas ilicitamente pelo ex Governador Sergio Cabral. Portanto, é fundamental coibir o uso ilegal das verbas previdenciárias por meio de uma fiscalização mais rígida e transparente. Além disso, os governantes devem outorgar a reformulação na previdência, pois o aumento no tempo de contribuição vai evitar empecilhos da transição de um país de jovens para um país de idosos.