Após a crise global de 1929, foi implantado por Keynes, nos EUA, o estado de bem estar social, em que era garantido o amparo estatal aos trabalhadores. No Brasil, Getúlio Vargas foi influenciado, ainda em seu primeiro governo, pelo keynesianismo americano, instaurando, entre outras coisas, a obrigatoriedade da previdência social pública. Na década de 30 do século XX, a estrutura previdenciária era piramidal, ou seja, sustentável, diferentemente da estrutura atual. O crescimento vegetativo no Brasil, até a segunda metade do século passado, vinha tendo um crescimento considerável, porém com uma baixa expectativa de vida, isso é, uma grande quantidade de jovens sustentava uma pequena porção de idosos aposentados. Atualmente, com o aumento dos métodos contraceptivos e de mulheres no mercado de trabalho, a taxa de fecundidade sofreu uma significativa queda, adjunto a um aumento da expectativa de vida, fruto de um grande avanço científico, acarretando em mudanças na estrutura da previdência pública. Hoje, uma pequena mão de obra ativa está sustentando um grande número de aposentados, onerando o Estado. Em contra partida, surgiram alternativas para a previdência pública falida, graças a competição de investimentos privados. A previdência privada não é tão exploratória quanto a pública, justamente por aquela não se basear em uma estrutura piramidal, que funciona apenas com uma larga base de jovens contribuintes. O dinheiro investido na previdência privada contará sempre com uma rentabilidade de 100%, independente do tempo de contribuição, além de, caso o investidor venha a falecer, o dinheiro estará disponível para os familiares. Já na previdência pública, a exploração do governo para com os contribuintes deve aumentar, caso contrário o seu sistema, quase centenário, irá quebrar. Portanto, a obrigatoriedade da previdência pública deve ser rompida, a fim de desonerar o Governo, assemelhando-se ao sistema norte americano. A reforma previdenciária deve ocorrer urgentemente no Brasil, abrindo margem para que o trabalhador de carteira assinada invista a porcentagem salarial desejada na previdência que lhe for mais rentável. Dessa forma, a concorrência por um melhor serviço irá beneficiar a todos, principalmente o trabalhador brasileiro.