O aumento de gastos da Previdência no último ano, gerou um déficit no valor de R$ 149,2 bilhões, e para 2017 a previsão é ainda maior. Desse modo, o Governo Federal desenvolveu a reforma da mesma, com o objetivo de reduzir o custo. O que seria uma solução, tornou-se um pesadelo para o trabalhador brasileiro, que hoje, de acordo com o IBGE, sua expectativa de vida chega aos 75,5 anos. As principais mudanças visam aumentar a idade para se aposentar, estabelecendo mínimo de 65 anos para homens e mulheres, e o tempo de contribuição para pelo menos 25 anos. Somando o tempo de contribuição, com o início de pagamento, sem que fique desempregada, algumas pessoas podem não receber o benefício completo. Ou seja, para receber 100% é necessário pagar no mínimo 49 anos de INSS, um trabalhador, por exemplo, que comece a pagar com 27 anos, em vista da expectativa, corre o risco de morrer e nunca ser beneficiado completamente. Outro fator importante é a crise de emprego no Brasil que está crescendo, se para os jovens hoje já é difícil ingressar no mercado, para os mais idosos, com suas limitações de saúde, pode ser ainda pior. Além da reforma, o projeto de terceirização aprovado na Câmara dos Deputados, afeta quem busca a aposentadoria, pois caso aumente a rotatividade nos cargos, prolongará ainda mais esse processo. Portanto, a reforma como foi apresentada não é eficaz, pois o trabalhador irá passar a vida pagando uma dívida sem ter a certeza de que irá ser recompensado por anos de serviço. É necessário reavaliar a proposta e abrir espaço para mais especialistas, realizar debates abertos, onde pessoas possam se informar e também contribuir, visando buscar soluções cabíveis tanto para reduzir o gasto, quanto para um futuro melhor aos cidadãos.