Em 1964, o, até então, presidente do Brasil, João Goulart, propôs uma reforma previdenciária que ocasionou no processo de golpe civil militar ao seu mandato. Apesar da reforma ser complicada, ela é necessária. Entretanto, as medidas tomadas pelo governo rompem com algumas cláusulas importantes dos direitos dos trabalhadores. A previdência tem a capacidade de observar comportamentos sociais. Com o início da terceira revolução industrial, a procura por qualificação profissional no mercado de trabalho gerou a redução da natalidade. O avanço da medicina proporcionou o aumento da expectativa de vida. Apesar de serem fatores que preocupam a conjuntura econômica e social do país. Propostas como igualdade na carga horária de trabalho entre homens e mulheres e quebra do privilégio dos professores em se aposentarem com menor tempo de contribuição não resolverão o problema. A reforma atinge diretamente conquistas alcançadas pelas mulheres. Apesar de a proposta da igualdade da contribuição entre homens e mulheres aparentar ser justa, o princípio de equidade é ferido. Além de as mulheres participarem do mercado de trabalho, com a predominância de uma sociedade machista, a maioria mantém o compromisso de cuidar do lar. Em meio a esse contexto, percebe-se que a carga horária de trabalho da mulher é maior que a do homem e precisa ser ajustada através da redução do tempo de contribuição, fazendo valer, assim, o princípio da equidade. Em decorrência disso, cabe ao indivíduo e as ONG´s a tarefa de reverter esse quadro. O indivíduo deve demonstrar sua indignação pela forma com que a reforma tem sido feita cobrando aos deputados eleitos pelo seu voto uma posição contrária. Em adição, as ONG´s responsáveis pela legitimação dos direitos dos trabalhadores devem organizar manifestações legais em pró do interesse comum, colocando em prática o conceito da democracia. Dessa forma, poder-se-á tem um Brasil mais justo.