A economia brasileira está passando por tempos difíceis. É possível ver essa crise econômica na alta taxa de desemprego e no déficit que assombra o cofre público. O Governo Federal, preocupado com a situação, propôs uma emenda à Constituição a fim de equilibrar as contas públicas. A PEC 287 visa aumentar o tempo mínimo de contribuição de 30 e 35 anos, para mulheres e homens, respectivamente, para 49 anos de contribuição para ambos os sexos. Sendo assim, um cidadão que começar a trabalhar com 16 anos poderá aposentar somente aos 65 anos de idade. Lembrando que este cálculo não leva em conta possíveis espaços de tempo não contribuídos. Contudo, sabe-se que 49 anos ininterruptos de contribuição é um tanto utópico. Com base na regionalização feita por Milton Santos, Geógrafo brasileiro destaque, dentro do Brasil há quatro Brasis: o Amazônico, o Nordestino, o Centro- Oeste e o Concentrado. Essa divisão leva em conta os aspectos socioeconômicos e tecnológicos dos estados. Sabendo disso, é notável que a PEC 287 não se adapta bem em algumas regiões, tais como a Amazônica e a Nordeste, tendo em vista que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e os contraste sociais nessas regiões são alarmantes. A Reforma Previdenciária é necessária, no entanto, com base nos vários contextos sociais existentes na Terra Tupiniquim, a flexão dessa PEC se faz necessária visando a adaptação em tais contextos. Uma possível medida é o aumento do valor de contribuição na arrecadação de impostos feita por empresários de setores da base econômica brasileira, como o agronegócio. Sendo assim, haverá um aumento de capital nos cofres públicos, tornando possível a flexibilização nessa reforma. Uma flexibilização mais abrangente, condizente e aprovada pela sociedade civil.