Não é possível falar em previdência social sem mencionar a repercussão que este tema está causando. Aos poucos, o tema tornou-se conhecido e preocupante já que o déficit previdenciário só aumenta: o rombo gira em torno de 181,2 bilhões. Isso aponta para a necessidade inadiável de uma reforma previdenciária. Essa reforma já está iminente, porém o projeto apresentado representa um grande retrocesso na qualidade de vida da população. O primeiro fator a ser analisado em relação ao projeto é que ele visa a aumentar o tempo de contribuição de 15 anos para 25 anos. Entende-se, com isso, que o quadro de funcionários das empresas irão contar com empregados mais velhos , consequentemente, a eficiência e a produtividade das organizações serão minimizadas. O segundo fator importante para a reflexão é que não haverá mais a igualdade material entre homens e mulheres (tratamento diferenciado à mulher - mais benéfico - devido à desigualdade entre os dois gêneros). Pode-se evidenciar isso no trecho da proposta que diz que a idade mínima para requerer a aposentadoria será de 65 anos de idade tanto para homens quanto para mulheres. Além disso, o governo pretende alterar a forma de cálculo do benefício previdenciário. Atualmente, para se aposentar com 100% do salário de benefício, é necessário contribuir por 35 anos à previdência. A proposta visa a alterar o cálculo de modo que o trabalhador que pretenda se aposentar com 100% do salário de benefício deverá contribuir por 49 anos. Portanto, por mostrar-se deficiente e retrógado, o texto de lei apresentado à Câmara Legislativa precisa ser revisto e alterado. À proporção dos tributos pagos, a população precisa ser beneficiada, entretanto o que está ocorrendo é justamente o contrário: a população está pagando mais tributos e recebendo menos prestações do Estado. Sendo assim, faz-se necessário modificações na lei de reforma previdenciária, resolvendo o problema da dívida mas sem se esquecer do segurado que contribui mensalmente para ter direito aos benefícios previdenciários.