Indignação coletiva em redes sociais. Sensação de contempto por parte do Estado. Essas são as primeiras imagens que ocorrem à mente dos brasileiros afetados pela urgente reforma previdenciária. A despeito disso acontecer a boa parcela da população, fatos e estatísticas provam o contrário. Nesse sentido, nos convém debater por que isso se faz tão importante e quais as principais soluções a serem tomadas. Com efeito, insta salientar que com o avanço da medicina e das condições socioeconômicas, o Estado passou a ser mais exigido e por isso as despesas se assomam elevadas. Consoante o Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a previdência corresponde, hoje, a cerca de 54% do passivo governamental, podendo chegar a 80% em 2026. Desse modo, se nada for feito, o inchaço previdenciário implicará irreversível caos nas contas públicas que, certamente, complicará a economia deste país. Outrossim, impera evidenciar que, devido ao envelhecimento da sociedade brasileira, um descompasso entre a População Economicamente Ativa –PEA- e os aposentados só cresce. Isso se corrobora, pois, de acordo com o IBGE, o número de idosos no Brasil quadruplicará até 2060.Assim, se levarmos em conta o sociólogo Émile Durkheim – segundo o qual, a sociedade é composta por partes que se interagem, formando um “Corpo Biológico” --, a PEA será sobrecarregada, haja vista que terá de cobrir os consecutivos prejuízos do sistema, além de não ter esse benefício garantido para o futuro. É irrefutável, portanto, que medidas afirmativas devem ser tomadas para atestar a continuidade da Seguridade social tupiniquim. Nesse contexto, é mister que o governo junte-se à mídia no intuito de expor dados que assegurem a necessidade de se reformar o sistema; cabe à sociedade, por sua vez, posto que possuirá as informações advindas da ação supracitada, ouvir economistas gabaritados, de sorte a serem sanados todos os questionamentos relativos ao tema. Destarte, razão, indubitavelmente, se sobressairá ante a emoção.