Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 22/03/2017

A questão da reforma da previdência tem sido um dos principais alvos midiáticos atuais, gerando diversos debates, nos quais as opiniões se divergem. A dicotomia do tema está, primeiramente, pela necessidade eminente de realizar essa reforma, visto que o perfil de vida do brasileiro mudou. O que está sendo idealizado, contudo, são propostas que desagradam o trabalhador, visto que afastam dele seus direitos. Há uma grande necessidade de se repensar a aposentaria no país. A pirâmide etária brasileira está sofrendo o chamado “envelhecimento”, situação já vigente em países mais desenvolvidos. O que acontece é que, com a inserção da mulher no mercado de trabalho, o número de filhos por pessoa reduziu drasticamente. Segundo o IBGE, em 1940 até o ano de 2010, a taxa de fecundidade caiu de cerca de 6,2 para aproximadamente 2. Isto é, a proporção entre jovens e idosos está mudando, havendo uma menor quantidade de população economicamente ativa para sustentar os custos dos aposentados. Além disso, para maximizar o problema, a evolução das tecnologias causou um crescimento da expectativa de vida, fazendo com que os custos previdenciários sejam prolongados, chegando à média de 75,5 anos, informados pela mesma fonte anterior. A proposta levada à população, entretanto, é inadequada. Para começar, as exigências de tempo mínimo de serviço aumentam de 15 para 25 anos. Apesar de parecer ser um número adequado à nova expectativa de vida, na realidade, existem profissões que causam um desgaste físico muito grande, a exemplo da rotina de um professor, que precisa utilizar extensivamente a voz, aumentando o risco de lesões nas cordas vocais ao aplicar tal medida. Não só esse profissional, como profissionais da área de saúde que lidam com emissões de raios-x tendem a ter mais suscetibilidade a doenças cancerosas. Em síntese, o aumento é exagerado, pois o crescimento da expectativa de vida não necessariamente representa aumento na qualidade de vida, tendo em vista que a maioria das doenças relacionadas à velhice aparece após 60 anos de idade. Existe, de fato, a urgência em se modificar a atual situação da aposentaria brasileira. Para tanto, é preciso o aprofundamento nas questões que a tornam problemática. Para ilustrar, sabe-se que a aposentaria militar consome aproximadamente 50% do dinheiro voltado a esse fim, enquanto a aposentaria civil, que é maioria maçante da população, fica com a outra metade, sendo imprescindível o Governo Federal redistribuir os valores, considerando que todo o indivíduo merece o mesmo direito a dignidade. Ademais, se é fundamental aumentar a população economicamente ativa com a extensão do período de colaboração, que o Estado crie uma lei na qual maiores de 60 anos cumpram apenas a metade da jornada de trabalho, recebendo igual salário, a fim de movimentar a economia e respeitar a saúde da pessoa.