Previdência social é um programa que assegura a proteção dos direitos dos cidadãos como por exemplo a aposentadoria e, cuja contribuição é obrigatória. A principal responsável pela manutenção desse sistema é a população economicamente ativa - PEA -, que paga impostos que serão destinados ao INSS. Isso, porém, ainda não é um problema, já que a PEA vigente é muito maior que a população de idosos/aposentados, mas, torna-se preocupante quando sabemos que o Brasil passa por uma transição demográfica e que a nossa população está envelhecendo, logo, a tendência é que o número de contribuintes diminua paulatinamente. Desse modo, vê-se que o sistema previdenciário é extremamente previsível, e podemos depreender as dificuldades que passaremos para sustentar a futura população brasileira caso não haja mudanças na dinâmica desse programa. Nesse sentido, o governo anunciou recentemente medidas polêmicas a serem tomadas a fim de "proteger" o futuro do país. Dentre estas está o estabelecimento da idade de 65 anos como mínima para se aposentar, tanto para homens quanto mulheres, o tempo mínimo de contribuição passará de 15 anos para 25, dentre outras. Vale lembrar que outros países tais como França, Japão e Alemanha já passaram por esse cenário e também tiveram que reformar rigidamente o seu sistema. Porém, o problema não está na reforma que sim deverá acontecer em algum momento para evitar um colapso estrutural no país, mas sobretudo nas medidas tomadas de forma arbitraria que não levaram em consideração muitas realidades vigentes no Brasil, como por exemplo, a da mulher, que hoje vive uma jornada dupla de trabalho e também do povo pobre que apesar de que a expectativa de vida tenha aumentado ainda não viva em sua boa maioria até os 65 anos. Ou seja, muitos terão os seus direitos com cidadãos usurpados. Assim, mesmo conhecendo a necessidade de mudanças na base da previdência, alguns pontos deverão ser analisados em busca de um equilíbrio. É de suma importância que haja coerência nas medidas a serem tomadas. Além disso, faz-se necessário a criação de campanhas que possam mostrar à população os porquês das decisões que serão tomadas. Também, a restrição quanto ao uso do dinheiro que é destinado para aposentadorias, criando leis que impeçam que esse dinheiro seja destinado a outras atividades, impedindo assim um déficit e uma nova transformação previdenciária.