Segundo Zygmunt Baumann, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da modernidade líquida vivida no século XX. A forma radical e errônea como a Reforma de Previdência está sendo aplicada, reflete nessa realidade. A priori, é necessário conhecer o motivo da Previdência Social brasileira ser considerada uma das piores do mundo. No governo de Juscelino Kubitschek, iniciou-se o regulamento da previdência, o qual gerou um grande montante de dinheiro aos cofres públicos, esse que foi usado para a construção de Brasília, fazendo assim, com que os primeiros aposentados fossem pagos pelos trabalhadores ativos da época, cenário que ainda perpetua. Sendo assim, como o Brasil vive um momento final de bônus demográfico, ou seja, em 2020 teremos mais aposentados do que contribuintes, torna-se inevitável um maior rombo da previdência, e para evitá-lo, é necessário uma reforma. A posteriori, como a reforma está sendo proposta é radical e equivocada, uma vez que afeta principalmente a população mais carente, já que, por questão de sobrevivência começam a trabalhar ainda na adolescência. A proposta de determinar a idade mínima de 65 anos fere e restringe os direitos desses indivíduos, que na maiorias dos casos, trabalham a vida inteira em trabalhos pesados e desgastantes fisicamente. Além disso, a reforma não considera a desigualdade dos "cincos Brasis" , como o caso do Maranhão, em que a expectativa de vida é de apenas de 69 anos. O combate de liquidez citada inicialmente, deve-se tornar efetiva com a empatia dos políticos à população, ou seja, é necessário uma reforma da previdência, pois a expectativa de vida aumentou consideravelmente, no entanto, deve ser apresentada de uma maneira distinta, como por exemplo, a cada mandato, o presidente adicione um ano até um máximo de 60 anos de idade, afim de não prejudicar trabalhadores que estão prestes a se aposentar e respeitar as desigualdades regionais do Brasil. Além disso, é necessário conter a atual proposta, com manifestações pacíficas e campanhas, como cartazes e propagandas, com o objetivo de informar todos os cidadãos e juntar mais força nessa luta que é de todos.