Os direitos sociais fundamentais devem ser proporcionados pelo Estado, são prerrogativas de igualdade, ou seja, todo cidadão têm direito a eles. A reforma da previdência prevê uma equiparação tanto no tempo de contribuição quanto na idade mínima para homens e mulheres. No entanto, tal igualdade não existe na sociedade brasileira. Segundo dados do IBGE, mulheres recebem em média 27% a menos que homens realizando as mesmas funções. Além do mais, essa disparidade salarial é o dobro da média mundial, colocando o Brasil em um ranking dos piores países em termos de igualdade de gêneros. Eventualmente, a maioria das mulheres tem jornada dupla, conciliando horário de trabalho com os cuidados das crianças, aumentando sua jornada em relação à dos homens. Vale ressaltar que a reforma da previdência punirá trabalhadores das regiões mais pobres do país, que exercem funções muito desgastantes. Essas regiões têm expectativas de vidas inferiores às demais extensões nacionais, ademais os direitos sociais básicos não são assegurados, não há saúde, educação, segurança e lazer de qualidade, o que faz com que a reforma seja inexequível na atual realidade brasileira. Em suma, no que diz respeito a previdência social, é preciso projetos a longo e médio prazo, é dever do governo federal junto com o Ministério da Educação investir em educação de qualidade, formando e capacitando a população para uma melhor contribuição na sociedade. É dever do Ministério da Saúde fomentar e garantir atendimento público através do SUS, promovendo uma maior longevidade e melhor qualidade de vida. Cabe as empresas privadas estimular a igualdade salarial de gêneros, por fim, é incumbência da sociedade promover o combate as desigualdades, diminuindo as disparidades e construindo assim um país desenvolvido.