Dentre as diversas mudanças trabalhistas conquistadas no governo de Getúlio Vargas, a mais importante foi a previdência social. No entanto, para atender a lógica neoliberal contemporânea, o governo estuda meios de tornar esse direito mais distante da população. Nesse sentido, é preciso discutir a questão em suas vertentes biológicas e sociais para que se entendam os reveses das reformas previdenciárias. Primeiramente, é necessário analisar como o corpo humano muda ao envelhecer. Isso ocorre porque, segundo diversos médicos e cientistas, o homem após os cinquenta anos, em média, vai perdendo a força muscular, a visão fica prejudicada e performance cognitiva apresenta declínios. Dessa forma, o cidadão que trabalha na terceira idade tem seu rendimento comprometido e mais chances de não gozar de uma vida saudável. Além disso, o índice de desenvolvimento humano do país decresce com essas medidas. Tal panorama se dá, uma vez que a tendência neoliberal na atualidade visa o lucro do empresariado e coloca o bem-estar dos trabalhadores assalariados - maior parte da população- em segundo plano, acarretando na insegurança trabalhista e infelicidade dos indivíduos. Assim, o aumento da idade mínima para a aposentadoria figura como um grande colapso na vida dos trabalhadores, além de um grave problema de saúde pública. Diante do exposto é evidente a necessidade de que a sociedade civil manifeste-se de forma contrária às mudanças na aposentadoria a fim da manutenção do bem- estar social. Para tanto, a população deve protestar nas grandes cidades para que as vozes dos trabalhadores sejam ouvidas e os rumos da política mudem, assim como nas manifestações pela diminuição das tarifas dos transportes públicos em 2013. Paralelamente, os sindicatos devem se unir e estabelecer greve geral para que os empresários também pressionem o governo. Afinal, o direito da maioria deve sobressair em um país democrático.