A reforma da previdência social impacta diretamente na distribuição de renda, causando desconforto às baixas camadas sociais. Além disso, o governo clama pela modernização ao aparelho estatal, enquanto a reforma não é um avanço para a opinião pública. Definem-se os estratos sociais brasileiros pela capacidade de compra das famílias, segundo o IBGE. A crescente expectativa de vida, aliada à questionável diminuição da miséria no Brasil, sugere um aumento no poder de consumo nesse contexto. Logo, é indubitável que a aposentadoria mais tardia faria arrefecer o dinheiro injetado no comércio e nos serviços. A partir dessa perspectiva, é possível analisar que a sociedade mais abastada pode aportar recursos em previdência privada, ao passo que a camada que menos dispõe de recursos financeiros sofreria esse revés mais intensamente. Sob um prisma mais amplo tratando-se do estado moderno, a sociedade busca, nos protestos, condições que lhe propiciem um estado de bem estar social. Isso pode ser deduzido pelo contexto sociopolítico dos últimos anos em que se descobriram certos eventos, privilegiando empresários e políticos em detrimento da vontade coletiva, ou seja, valores como a idoneidade moral e a justiça. Tais levantes, ainda silenciosos, apresentam-se em um contexto de aparente despreocupação do Estado com a ética pública, sugerindo um caráter neoliberal em contraste à vontade do povo. Considerando, pois, que a sociedade deseje a manutenção dos direitos conquistados sobre a aposentadoria, não há dúvidas que a reforma previdenciária seja um retrocesso para a vida de milhares de brasileiros, sobretudo dos mais pobres. Sugere-se que a sociedade exerça a cidadania, estando atenta aos possíveis danos que a reforma causaria sob diversas perspectivas.