Título da redação:

"O Brasil terá aposentadoria de primeiro mundo"

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 09/04/2017

O governo brasileiro tenta a todo custo aplicar rotinas de outros países que não se enquadram na nossa realidade. Um exemplo catastrófico é a reforma da Previdência Social que obrigará o trabalhador suar até seus 65 anos, ou mais, de idade para alcançar a aposentadoria. Dinamarca, Suíça e Nova Zelândia são exemplos de países que seus trabalhadores alcançam o benefício apenas aos 65 anos de idade. O governo deveria plagiar a educação, a saúde, o emprego e os salários desses países também. A Previdência Social está com um déficit de mais de R$180 bilhões projetados para o ano de 2017. A sociedade está envelhecendo rápido e em poucos anos teremos mais gente recebendo aposentadoria do que contribuindo. Isto é um fato inegável e o único tempo que nos resta é para encontrar a solução, isso não significa deixar impune quem contribuiu para a “quebra” do INSS. Diante desse cenário econômico caótico, o governo federal apresentou um projeto de reforma da previdência que fará a sociedade sangrar para atingir o benefício. Atualmente, o benefício é pago ao trabalhador que atingir 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição, se mulher. A nova proposta é unificar a idade para ambos os sexos em 65 anos e 25 anos de contribuição para alcançar o teto base do benefício, que será de 51% da média dos salários no período mais 1 ponto percentual por ano de contribuição. Isso resulta em 49 anos de contribuição para quem quiser atingir a marca dos 100% do salário. A reforma da previdência é um total desrespeito ao trabalhador. A sociedade vai pagar uma conta que não teve a responsabilidade, ou melhor, a irresponsabilidade do controle. A atual fase econômica exige mudanças, mas não com o sacrifício do trabalhador. As mudanças devem ser mais brandas, como o “período de transição” previsto na nova redação para homens com mais de 50 anos de idade e mulheres com mais de 45. Esta regra prevê trabalhar o período restante para alcançar à aposentadoria mais a metade desse período (pedágio), que deveria ser para todos. O projeto na íntegra deveria ser aplicado apenas para os novos contribuintes, dessa forma não prejudicaria os atuais trabalhadores e projetaria uma melhora nas contas para o futuro. Sangrar nosso trabalhador não é a solução mais adequada. Nos países de primeiro mundo a qualidade de vida propicia alcançar a aposentadoria aos 65 anos de idade, não aqui. Portanto, esse projeto deve ser repensado dentro da nossa realidade, sem deixar de lado a busca da verdade pelo rombo orçamentário no INSS e puni-los, pois, são os verdadeiros culpados, não o trabalhador.