O processo de inversão da pirâmide etária brasileira é lento e gradual, tendo seu início, principalmente, no século XX, com as mudanças decorrentes da Segunda Revolução Industrial. Com a maior participação feminina no mercado de trabalho e o crescente desenvolvimento de tecnologias, a diminuição da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida do brasileiro foram motivos essenciais para o atual desequilíbrio na previdência social. Nesse contexto, uma reforma é necessária, no entanto deve-se compreender que, a recente proposta de reforma mostra-se imatura e precipitada. Inicialmente, é importante destacar que a diminuição da população economicamente ativa apresenta reflexos no âmbito social e político. Segundo a PEC 287, para um cidadão que começar a trabalhar aos 21 anos obter 100% do direito a aposentadoria, este deve contribuir atém os 70 anos, idade que, surpreendentemente, é muito próxima da expectativa de vida dos brasileiros. Politicamente, essa instabilidade acarretou no chamado "rombo da previdência" no qual os gastos aumentaram de 0,3% para 2,7% em apenas 20 anos, e, consequente a isso, o déficit do INSS é cada vez maior. Ademais, a crescente valorização do profissional qualificado tem influenciado nessa inversão. Com o atual modelo produtivo e econômico, quase cerca de 60% dos jovens brasileiros optam por entrar no mercado de trabalho após 21 anos, por dedicar-se à formação escolar e graduação. Esse dado, foi publicado por uma pesquisa do site G1, e tem influência na taxa de natalidade, uma vez que já que os jovens estão cada vez mais centrados no trabalho, iniciar uma família fica muitas vezes em segundo plano. Portanto, é importante compreender, que a questão de previdência social é grave e exige medidas a serem tomadas. A Câmara deve estudar novas propostas, uma vez que a atual tem se mostrado inviável . O Governo deve, ainda, ter políticas mais controladoras quanto ao uso da dinheiro da previdência, evitando desvios decorrente da intensa corrupção brasileira. Só assim, o país poderá ter um futuro controlado e sem prejuízos para nenhum dos cidadãos em nenhuma faixa etária brasileira.