Título da redação:

Menos Estado, por favor!

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 28/03/2017

Menos Estado, por favor! Em meio a diversos escândalos relacionados a política brasileira, uma tem chamado bastante atenção e, inclusive, motivado manifestações populares: a reforma previdenciária. Dados oferecidos pelo governo, apontam um déficit do INSS estimado a R$181,2 bilhões, para o ano de 2017. Justificam que o rombo deve-se ao fato de a população estar envelhecendo, isto é, está havendo um crescimento desproporcional de idosos, os quais já passaram para a inatividade em relação aos jovens. Aqueles que manifestam sua indignação com a proposta de reforma, trazem em seus argumentos, a problematização de se extinguir a aposentadoria antecipada para mulheres. Outro ponto questionado por eles está relacionado ao fato de a idade mínima para a aposentadoria aumentar para 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres, sendo que atualmente, há outros cálculos que podem ser feitos, como por exemplo, através do tempo de contribuição, sendo de 35 anos no caso dos homens e de 30 para as mulheres 35. A lista de pontos de vista fundamentados naquilo que é divulgado pela imprensa nacional, pelo discurso extremista de alguns e por uma visão um tanto deturpada do que tem relevância ou não, poderia se estender a mais algumas páginas, no entanto, faz-se necessário julgar a situação friamente, como ela realmente é, extinguindo-se pensamentos embasados em brigas de partidos, ideologias, ou simplesmente no achismo. A verdade é que o problema está muito além daquilo que vem sendo abordado, a contribuição previdenciária acabou virando apenas mais uma espécie de imposto, sem fim específico. O que está sendo colocado em jogo são, acima de tudo, os interesses do povo trabalhador, sendo ele obrigado a ser a solução para problemas financeiros e administrativos. Os impostos são aumentados, propostas de reformas são propostas, mas no fim, de um jeito ou de outro, quem acaba sendo penalizado é o cidadão. No caso discutido, alguns princípios e direitos fundamentais descritos na Constituição Federal do Brasil são colocados de lado para a abertura de determinadas exceções, as quais favorecem algumas categorias de funcionários públicos e o motivo para os privilegiarem é, mesmo que não seja dito de forma clara, evitar greves, aborrecimentos, pressões de corporações de professores, policiais civis entre outras. O rombo nas contas públicas é uma realidade e, a reforma da previdência é uma válvula de escape imediata (mesmo que injusta) para essa bomba-relógio, mas também há de se pensar que, com a experiência que o país está passando, não se pode descartar a possibilidade retirar a soberania do Estado, permitir ao cidadão escolher como seu dinheiro será aplicado, reduzir os impostos e, principalmente, os gastos públicos.