A questão da reforma previdenciária no Brasil se tornou um assunto de grande repercussão no momento atual, o que propiciou o sentimento de insegurança para grande parte da população que, consequentemente, “sofrerá” com as novas mudanças de regras para a aquisição do benefício de aposentadoria. Há tempos, o governo federal vem tentado estabelecer mudanças para efetivar uma reforma previdenciária. Tal reforma é justificada pela instabilidade financeira do país, além da grande dificuldade de arcar com o total de gastos que são gerados em prol dos benefícios correspondentes à esse setor. O Brasil, de fato, apresenta sérios problemas econômicos, e esses problemas não são resultados apenas das administrações atuais, mas também, da postergação de dívidas e outros desajustes econômicos passados. O que nos remete a uma fase onde alguns “males” são necessários para a reconstrução de um equilíbrio financeiro. Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros subiu em 2004 para os 75,2 anos e, em contra partida, a taxa de natalidade caiu, o que traz consequências diretas para o financiamento da aposentadoria, já que a participação da população ativa diminui e o tempo de assistência com aposentadoria aos cidadãos inativos, aumenta. Resultando assim, no aumento exacerbado do déficit financeiro do país. Em suma, tal problemática seria ao menos minimizada se houvessem projetos governamentais para mudar não somente as regras para o recebimento do benefício de aposentadoria, como também, diminuir os privilégios oferecidos à determinados grupos de cidadãos; reduzir os salários dos membros do poder legislativo e redirecionar os impostos para áreas de necessidades mais urgentes. O que refletiria positivamente na renda do país – facilitando a permanência dos benefícios trabalhistas e contribuindo para o reequilíbrio financeiro do Brasil.