No limiar do século XXI, o Brasil ainda sofre mudanças em sua pirâmide etária, o que acarretou em reformas na previdência. Nessa perspectiva, devido ao avanço da medicina e saneamento básico no País, a expectativa de vida do brasileiro aumentou consideravelmente. Além disso, mediante à redução da taxa de fecundidade, o números de jovens economicamente ativos diminuiu de maneira significativa. A expectativa de vida do brasileiro, de fato, mudou, e sua pirâmide etária "caminha" em direção a um formato semelhante às dos países desenvolvidos, totalmente ao contrário das questões sociais. E por esse motivo, faz -se preciso uma reforma urgente na previdência, para que as gerações futuras não paguem o preço. Assim, como disse René Descartes, "não há soluções fáceis para problemas difíceis". Por outro lado, o número de jovens que sustentam a "Pátria Amada" através da mão de obra, vem diminuindo substancialmente ao longo das décadas, de acordo com o último censo do IBGE, realizado em 2010. Nesse viés, parafraseando o sociólogo Zygmunt Bauman os jovens são a locomotiva do país. Dessa forma, sem uma parcela formidável de pessoas economicamente ativas, não há como sustentar com proficiência uma população de aposentados que cresce significativamente. Segundo o escritor uruguaio Eduardo Galeano, a primeira condição para mudar uma realidade consiste em conhecê-la. Nessa perspectiva, primordialmente, cabe ao Governo - com seu poder abarcativo - antes de qualquer reforma na previdência, conhecer e estudar mais afundo o padrão das mudanças que ocorre na demografia brasileira. Em segundo lugar, cabe ao poder legislativo - como elaborador das leis - fazê-las de forma que esta mudança ocorra de forma gradativa, pois caso contrário, os idosos que estão em processo de aposentadoria sairiam prejudicados. Assim, teremos um país mais justo para essa geração que tem uma longa vida pela frente.