Segundo Thomas Hobbes, é necessário existir um contrato social em que o governo garanta os direitos e a segurança do povo para que esse conviva pacificamente. Dessarte, com a ascensão de leis previdenciárias, o governo garantiu os direitos dos trabalhadores e, concomitantemente, o dos idosos, com a instauração da aposentadoria por idade. Entretanto, o aumento da longevidade atingido pela sociedade atualmente, tem provocado uma instabilidade na garantia desse direito. Sendo assim, propostas de amenização desse problema, como a reforma da previdência, validam-se. Ao instaurar o Estado Novo no Brasil, Getúlio Vargas garantiu à população trabalhista diversos direitos sociais e previdenciários. Agregado a esse sistema, a aposentadoria por idade assegurou a estabilidade financeira da população idosa. No entanto, com o aumento da expectativa de vida e a baixa natalidade observados no Brasil e confirmados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a garantia da Previdência é prejudicada, uma vez que a carência de nascimentos compromete a existência de trabalhadores futuros, pagadores de impostos, necessários para manter o benefício, em razão da grande quantidade e longevidade dos idosos no Brasil. Homologamente, como resposta a tal problema, o governo propôs a reforma da previdência, mecanismo que aponta para um aumento na idade mínima necessária para o recebimento da renda governamental como estratégia de amenização da crise previdenciária. Tal atitude valida a garantia do benefício e não prejudica os direitos sociais, uma vez que equilibra proporcionalmente a benevolência biológica humana e o progresso científico, dado o aumento da expectativa de vida, com o aumento do tempo de contribuição. Pode-se dizer, portanto, que a reforma da previdência constitui mecanismo essencial para a garantia de uma longevidade benéfica em todos os sentidos. Sendo assim, é importante que os cidadãos entendam e conscientizem-se da importância da proposta para que ela seja mais bem aplicada no Brasil. Para isso, é necessário que o Ministério da Previdência social em parceria com o Ministério das Comunicações, intensifique o número de propagandas instrutivas, através dos recursos midiáticos, a fim de atingir o maior número de cidadãos com informações sobre a mudança, abordando as vantagens e necessidades da reforma. Assim, será possível garantir a harmonia defendida por Hobbes, em nome da ordem e do progresso, estampados em nossa bandeira.