Em 1998 Fernando Henrique Cardoso chamou de “vagabundos” os trabalhadores que se aposentarem antes dos 50 anos, ano que foi instaurada a exigência da idade mínima para a aposentadoria. A discussão sobre reformas na previdência não é recente e nos mostram que primeiro é necessário expor o problema para posteriormente solucioná-lo. Os brasileiros estão vivendo mais, a população tende a ter mais idosos, e os jovens, que sustentam o regime diminuirão. Em 2000 havia 11,5 trabalhadores por idoso aposentado, calcula-se que no ano de 2060 haverá apenas 2,3 trabalhadores. As principais mudanças na aposentadoria são aumentar idade mínima para 65 anos, de ambos os sexos, e o tempo de contribuição de 15 para 49 anos. É notório que com o aumento da expectativa de vida e a diminuição da taxa de natalidade a reforma no sistema deve ser feita para evitar um rombo no país. No entanto, a proposta é rígida demais para um país ainda em desenvolvimento. Na Alemanha, por exemplo, a expectativa de vida é de 80 anos e são 43 anos de contribuição, no Brasil onde a expectativa é de 72 anos, passarão a ser 49 de contribuição. Se o brasileiro se aposentar um pouco mais tarde haverá menos gastos Públicos, o Brasil diminuirá a carga tributária e as empresas tendem a produzir mais e arrecadar mais. Porém, isso deve ser feito de forma gradativa, levando-se sempre em conta a expectativa de vida e o número de aposentados e de contribuintes. Torna-se claro, portanto, que medidas são necessárias para sanar o problema sem que haja prejuízos para a população brasileira. O governo deve aprovar uma medida moderada que não cause tanto impacto na sociedade e ajustá-lo conforme a necessidade do sistema previdenciária aos poucos. A população caso não seja a favor da reforma deve se mobilizar, nos meios de comunicação ou por meio de manifestações. O trabalhador deve ser tratado com respeito, digno de uma aposentadoria não deve ser tratado como “vagabundo” como dizia FHC.