A população mundial não só elevou o tempo médio de vida como também reduziu as taxas de natalidade nos últimos anos. Por consequência, a população economicamente ativa se reduz e faz necessário ajuste no sistema previdenciário como forma de regulamentação da economia do país. Porém, aposentadorias milionárias e desconsiderações da realidade de cada estado urgem como problemas da atual reforma previdenciária brasileira. Ajustes no sistema previdenciário se fazem necessário, pois o déficit econômico do ano de 2016 chega aos 149,2 bilhões de reais. Porém, o retrocesso econômico da previdência brasileira não está na relação entre o valor de aposentadorias pagas serem maior que o lucro gerado pela população economicamente ativa, e sim nas aposentadorias milionárias pagas a deputados, governadores e senadores. Logo, mais de 50% do valor da previdência é destinado em fundos milionários de políticos, enquanto a maior parte da população brasileira recebe baixos valores de aposentadorias, que reflete em dados como o aumento da participação de idosos no trabalho informal como forma de complementar renda. Além disso, a reforma previdenciária justifica o aumento do tempo de contribuição ao fato da expectativa de vida do brasileiro ter elevado. Porém, as desigualdades sociais como baixo investimento do Governo brasileiro em saneamento básico, criação de hospitais e garantir água tratada na região do nordeste e norte brasileiro contribuem para a expectativa de vida da população dessas regiões serem inferior as regiões que mais recebem investimentos governamentais devido estas participarem mais ativamente da economia com indústrias e agricultura sofisticada. Logo, não é levado em consideração as fortes desigualdades do território brasileiro, impondo uma idade mínima de contribuição maior que a expectativa de vida da população de algumas cidades nordestina. Diante dos argumentos supracitados, faz necessário ajuste na atual reforma previdenciária para atender igualitariamente as classes brasileiras. O governo estadual deve reavaliar aposentadorias milionárias e limitar em valores próximos a média paga a população e assim ocorrerá melhor distribuição dos fundos governamentais. Portanto, medidas de fiscalização de aposentadorias milionárias e criação de leis pelo Governo federal limitando um valor máximo para aposentadorias irão garantir a redemocratização e eliminar o déficit da previdência brasileira.