Os aspectos da transição demográfica brasileira tornam necessários os ajustes na previdência social. O debate sobre as propostas da reforma acarreta no surgimento de conflitos como a preocupação dos trabalhadores com o aumento do tempo de contribuição e o rombo crescente registrado nos gastos previdenciários. Há uma indignação por parte de alguns servidores no Brasil, porque se apontou nas últimas divulgações uma elevação de 15 para 25 anos de colaboração, sendo necessários 49 anos para que o beneficiário receba 100% de sua parcela. Contudo, essas medidas relacionam-se diretamente com o crescimento gradativo da população de idosos. A tendência de envelhecimento da nação brasileira preocupa os especialistas em gastos públicos. O decréscimo populacional de jovens acarreta um declínio da futura população economicamente ativa, o que causa um desequilíbrio nas contas para o pagamento da aposentadoria. Atualmente, registra-se um rombo crescente na economia, o que é consequência das falhas e irregularidades supracitadas. Os impostos não podem ser exclusivamente dirigidos para a previdência e os gastos exorbitantes devem ser equilibrados. No mundo, há exemplos de países desenvolvidos que precisaram passar por reformas em seus modelos previdenciários. O processo de transição demográfica afetou o território Europeu e também os Estados Unidos. Uma concentração significativa de idosos, com o aumento da expectativa de vida, fez com que essas regiões repensassem seus sistemas, em busca de um ajuste que fosse simultaneamente eficaz economicamente e conveniente para os trabalhadores. A fórmula consiste em evitar um colapso na previdência. Incentivos governamentais às empresas foram aplicados nesses países de modo a diminuir paulatinamente a problemática dos cofres públicos. Primeiramente, todas as medidas devem ser esclarecidas aos trabalhadores, através da mídia, para que possam aceitar as mudanças na previdência como uma solução para o país e não como um problema individual. Visto que há uma inversão populacional que agrava a situação dos gastos com a aposentadoria, faz-se necessária uma reforma por meio do governo brasileiro para que os conflitos sejam amenizados. Pode-se diminuir a dependência do dinheiro da previdência aplicando benefícios públicos para os aposentados, como: descontos no IPTU, contas de gás, luz, telefone, alimentação, transporte e serviço médico. Também podem ser difundidos planos de Previdência Privada para dividir os investimentos, com incentivos fiscais para as empresas que ajudam seus funcionários a pagar as tarifas.