Título da redação:

Dignidade até o fim

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 21/03/2017

Em o filme ''E se vivêssemos todos juntos?'' relata as inúmeras problemáticas da última etapa da vida. O enredo aponta as limitações do corpo, a possibilidade de perder a autonomia e liberdade de um grupo de idosos abastados, que apesar de sua condição social enfrentam a difícil tarefa de envelhecer. Saindo da ficção, essa radiografia se contemporiza, uma vez que a previdência social muito contribui para uma velhice mais ''tranquila''. Ora, tardar esse direito previsto constitucionalmente consiste em dificultar a garantia do processo. Nesse aspecto, na pirâmide demográfica, a população inativa cresce de forma demasiada. Isso faz-se a necessidade do país pensar a respeito de expandir suas políticas públicas de assistência a essa faixa etária, que por sua vez já atuou com sua produtividade ofertada ao Estado e como recompensa precisa do auxílio do mesmo, e não a dificuldade de tal direito. Como exemplo da restrição, está no aumento da idade mínima para todas ás classes de trabalhadores para 65 anos e o tempo de contribuição 25. Logo, permite-se uma desigualdade, dado que muitos trabalhadores de baixa renda precisam do recurso, muitas vezes, até antes do estimado, por conta de delimitações físicas e psicológicas da idade. Ainda nesse viés, a retirada da diferença na idade de aposentar-se entre homens e mulheres torna-se outra desvantagem. O sexo feminino luta por sua autonomia e segurança no mercado de trabalho apesar de ganharem salários inferiores, mesmo exercendo cargos iguais, tem também suas funções domésticas e ainda estão sujeitas a sofrerem inúmeras vulnerabilidades. Ajustar a idade mínima para o grupo, seria a garantia que Tomas Hobbes propôs, ao qual o Estado deve atuar como um''Leviatã'', criatura mitológica cuja função é proteger os peixes mais fracos- cidadãos. Torna-se evidente, portanto, que a reforma precisa ser trabalhada com mais cautela para suprir melhor as necessidades. Para tanto, o governo deve promover campanhas de consulta pública a fim de que o povo possa transmitir sua cidadania e opinião, gerando-se assim uma reforma mais democrática. Ademais, a mídia com seu papel de difusor informacional, faça publicidades explicando as devidas reformas, ao passo que a população tenha informações adequadas e não haja interpretações distorcidas das mudanças. Dessa maneira, como apregoava Gandhi ''O futuro dependerá daquilo que fizermos no presente''.