Título da redação:

Brasil, a nova Grécia

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 11/02/2019

O aumento da taxa de sobrevida da população ocasionou um sério desiquilíbrio do sistema previdenciário, fazendo da reforma uma necessidade iminente. Ainda, situação semelhante resultou no surgimento da crise na Grécia, em 2011. Nessa perspectiva, faz-se necessário o entendimento acerca da situação atual e, ainda, dos impactos de uma possível reforma. O aumento da taxa de sobrevida da população ocasionou um sério desiquilíbrio do sistema previdenciário, fazendo da reforma uma necessidade iminente. Ainda, situação semelhante resultou no surgimento da crise na Grécia, em 2011. Nessa perspectiva, faz-se necessário o entendimento acerca da situação atual e, ainda, dos impactos de uma possível reforma. Primeiramente, a população brasileira sofreu um amadurecimento etário. Com isso, em virtude do ingresso da mão de obra feminina no mercado de trabalho, iniciado no século XX, e dos avanços dos métodos contraceptivos, houve uma baixa na taxa de fecundidade. Isso resultou em uma queda da quantidade de ingressantes na população economicamente ativa. Em paralelo a isso, as melhoras nas condições de vida e os avanços da medicina resultaram no aumento da expectativa de vida e, consequentemente, no tempo de bonificação. Portanto, por ser um sistema em pirâmide, cujo o benefício dos aposentados provém de impostos da população atuante, o fenômeno de inversão etário fez da previdência um modelo insustentável. Com isso, visando solucionar tal problemática, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, propôs uma reforma da previdência social que, a longo prazo, conseguiria impedir a degradação econômica e o avanço do déficit. Com ela, a idade mínima para a aposentadoria sobe para 65 anos, para homens, e 60, para mulheres. Dessa forma, o sistema se atualizaria, seguindo o avanço da expectativa de vida. Contudo, o desgaste político do então governo dificultou as negociações com o parlamento e tornou a proposta impopular e não palatável ao cidadão médio. Diante do supracitado, fica evidente a necessidade da coibição do problema, impedindo que o brasil tenha o mesmo desfecho grego. Assim, cabe ao Ministério da Casa Civil e aos representantes do atual governo no parlamento, capitanear as articulações para a aprovação da reforma, explicitando a cada congressista a magnitude de sua aprovação. Outrossim, compete ainda ao governo federal a criação de cartilhas e campanhas midiáticas que informem aos cidadãos o que muda com o novo sistema, sua necessidade e consequências da não aprovação.