O avanço da medicina tende a ajudar no aumento da expectativa de vida, principalmente nos países desenvolvidos, onde as populações têm fácil acesso a um sistema de saúde digno. No Brasil, considerados os impasses sociais, econômicos e estruturais, o povo de nossa nação nem sempre tem acesso a um bom hospital público, e isso, junto com uma boa dose de desrespeito social generalizado, afeta sempre os mais frágeis que necessitam de atenção especial: os idosos. O Brasil está em processo de envelhecimento populacional. Conforme a expectativa de vida da população brasileira aumenta, a nossa taxa de natalidade diminui. Esse processo é comum, e os países mais desenvolvidos passaram por ele sem grandes problemas. Porém, no Brasil, um país com enorme desigualdade social e severos problemas no setor público, o envelhecimento populacional pode acarretar situações preocupantes no campo da saúde geriátrica. Além da crítica situação que envolve a saúde pública, outro fator que afeta as pessoas de maior idade é a falta de respeito, problema que apresenta forte teor cultural. O idoso não é respeitado nos hospitais, devido à grande espera e precariedade de atendimento, no trânsito, quando tem sua vaga preferencial ocupada por sujeitos insolentes, pela previdência, que não o recompensa dignamente, e pelos mais jovens, salvas exceções. O envelhecimento de nossa população promete agravar consequências não apenas na área da saúde. Fica explícito, portanto, que os problemas enfrentados por aqueles da melhor idade necessitam de soluções. A curto prazo, a educação dos mais jovens, provida por familiares e escolas, deve orientá-los a ter respeito para com os idosos. A mídia deve sempre evidenciar problemas relacionados à essas pessoas, sejam eles sociais ou de saúde,e nunca se omitir. Finalmente, o governo e as ONGs devem realmente agir em prol da população de idade avançada, para providenciá-la com melhor acesso à saúde e recursos que possam melhorar sua qualidade de vida.