Título da redação:

A reforma previdenciária em questão no Brasil

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 18/03/2017

“Trabalhando eu já passo fome/ quem dirá quando me aposentar”. Esse trecho da música intitulada de “Pobre aposentado”, do cantor e compositor Bezerra da Silva, mostra o que acontecia e ainda acontece no Brasil quando a questão é a aposentadoria. A insegurança em relação à quantia que irá receber pelo tempo de contribuição com as novas reformas e o crescimento do rombo da previdência nos mostram que é necessário expor o problema para posteriormente solucioná-lo. É indubitável que o tempo de contribuição para o aproveitamento total do que foi dado pelo contribuinte é uma das vertentes que estão levando a reforma à polêmica. Segundo o projeto de lei, a idade mínima se torna de 65 anos para ambos os sexos e para se aposentar com 100% do benefício deve-se contribuir por 49 anos; assim, um indivíduo que começar a trabalhar aos 21 anos só se aposentará com 70. Isso, entretanto, não leva em consideração que parte dos brasileiros, ao chegarem a essa idade, não têm mais condições de trabalhar ou até mesmo já morreram – de acordo com o IBGE, em uma pesquisa feita em 2014, 22% dos brasileiros não chegaram aos 65 anos de idade. No entanto, a situação do rombo crescente do sistema previdenciário nos mostra que alguma medida precisa ser tomada. O número de idosos está crescendo mais rápido do que o de jovens que irão substituí-los na mão de obra e que pagarão – através dos impostos – para que esses idosos tenham melhores condições durante seu período de inatividade. Com isso, à medida que os anos passam, há menos trabalhadores para cada idoso e a situação vai se apertando de maneira que, caso nada seja feito, chegará um momento que ninguém poderá mais aposentar-se, o que prova isso são projeções do IBGE que comparam que em 2000 haviam 11,5 trabalhadores por idoso e que em 2060 haverá 2,3. Vista a situação brasileira em relação à questão previdenciária e à reforma que pretendem aprovar, medidas são necessárias para resolver o problema sem que haja prejuízo para o povo brasileiro. O governo deve, portanto, aprovar uma medida moderada para não causar tanto impacto e ajustá-la à necessidade do sistema previdenciário brasileiro aos poucos. Como exemplo, pode-se manter a idade mínima de 65 anos para ambos os sexos porém, diminuir o tempo mínimo de contribuição para o recebimento total do benefício (que hoje é de 15 anos e desejam mudar para 49 anos) para 25 anos e aumentá-lo aos poucos (com o passar dos anos e analisando o efeito dessas mudanças no rombo previdenciário). É necessário também que a população se mobilize, caso não apoie a reforma, seja nas redes sociais ou por meio de manifestações para que o governo perceba que algo não está agradando e tente conciliar o que é bom para a população e o que será bom para a previdência. É imprescindível também que, ainda o Governo, invista em cartilhas ou propagandas, essa com o apoio da mídia, que mostrem que é necessária a reforma e que caso ela não seja feita pode chegar um período que ninguém terá mais como pegar sua aposentadoria.