Título da redação:

A previdência social e o cenário brasileiro

Tema de redação: A reforma previdenciária em questão no Brasil

Redação enviada em 29/12/2018

A PEC 287/2016 apresentou propostas relativas à reforma da Previdência Social, cujo rombo chega a 149,2 bilhões de reais - segundo o Ministério da Fazenda - e que pode fazer com que o Brasil passe por mais ciclos de crises econômicas em poucos anos, caso não aconteça. Porém, faz-se necessário avaliar a conjuntura a qual está sendo feita e avaliar a seguinte questão: o trabalho está sendo usado como forma de opressão. Outrossim, Karl Marx já referenciava este cenário em suas críticas a falta de idealismos proporcionada por esse sistema político-econômico. Em primeira análise, para manter-se o status quo do Estado de bem-estar social, sistema defendido por John Maynard Keynes em que existe um padrão social mínimo aceitável para todos, faz-se necessário uma excelente administração pública - em contraste ao que acontece no Brasil - e a utilização planejada do bônus demográfico curto, proporcionado pela transição da pirâmide etária. De certo, a falta de um esboço administrativo e o envelhecimento da população, proporcionada pelo avanço tecnológico, fazem com que haja uma enorme diferença entre a população economicamente ativa e aposentados, indubitavelmente, agravando a situação. Em segunda análise, apesar de ser altamente necessária uma reforma previdencial, torna-se necessário avaliar a conjuntura social em que vivemos. Por certo, no Brasil, existe uma alta taxa de rotatividade do trabalhador e, com sucessivas crises econômicas, o trabalho informal é predominante, o desemprego é alarmante e aposentar-se fica ainda mais difícil. Ademais, a aceleração do mundo moderno e um governo desacreditado pelo seu povo faz com que o cidadão se sinta como um "escravo". Portanto, em conclusão, medidas devem ser impostas, respeitando as nossas exceções culturais e sociais. Cabe, assim, uma reforma nos parâmetros do modelo dinarmaquês de Previdência Social, onde há uma mescla entre Estado, iniciativa privada e planos individuais. Além disso, convém ao Estado adaptar-se as mudanças provenientes, antecedendo, por certo, mudanças estruturais e sociais no país. Inegavelmente, ao longo prazo e com as reformas propostas, as disfunções serão corrigidas.