Em 2016, com a crise econômica e a consequente diminuição de arrecadação pelo Estado brasileiro, a previdência registrou um déficit de 149,2 bilhões de reais. Junto a isso, o processo de envelhecimento populacional exige uma reestruturação das contas públicas para garantir benefícios futuros. No entanto, tais reformas devem buscar o bem-estar da população. O achatamento do topo da pirâmide populacional, a necessidade de recuperar a confiança do mercado e diminuir o déficit público demandam mudanças nas regras de concessões dos benefícios. Para atrair investimentos das empresas e consequentemente mais contribuição, as regras de aposentadoria precisam ser mais competitivas no cenário global. Isso pode ser feito com o aumento do tempo de contribuição e o estabelecimento de uma idade mínima, já que a expectativa do brasileiro aumentou. Além disso, tais medidas ajudaria a equilibrar os cofres do Estado. No entanto, para promover essas reformas, deve-se considerar a qualidade de vida dos trabalhadores. Nos moldes da atual proposta, desconsiderando as desigualdades dos trabalhadores rurais e urbanos e a dupla jornada feminina, percebe-se um grave atentado contra os direitos trabalhistas. Além disso, aumentar a idade de acesso para 65 anos e o tempo mínimo de contribuição para 25 anos não condiz com a longevidade de vida dos brasileiros. Isso poderia desencadear perda do poder de compra dos aposentados e dificultar a aposentadoria. Fica evidente, portanto, que o Brasil precisa aprimorar as regras da previdência de acordo com seu atual cenário. Retomar o crescimento do Produto Interno Bruto – PIB é tão importante quanto assegurar a dignidade de vida daqueles que um dia contribuíram para o país. Sendo assim, o Ministério da Fazenda poderia aumentar o percentual de contribuição dos mais ricos e desonerar as pessoas jurídicas a fim de garantir seguridade social e desenvolvimento. Obs.:Não consegui alinhar as margens.