Desde a Revolução Industrial, na Inglaterra, as crianças trabalhavam exaustivamente. Por possuírem pequenas mãos, manuseavam engrenagens dos maquinários. No Brasil, milhares de crianças e adolescentes abandonam a escola rumo às carvoarias, zonas rurais e até em aterros a céu aberto. Neste cenário, surge a problemática do trabalho infantil em âmbito nacional, pela insuficiência legislativa e fiscalizatória. Em primeiro lugar, observa-se a grande quantidade de explorados no país. Em 2011, de acordo com o IBGE, 3,7 milhões de indivíduos entre 5 e 17 anos já trabalhavam no Brasil. Entretanto, este número vem decaindo, visando que, em 2001, estes já somava, 5,5 milhões. Porém, a realidade continua preocupante e instrumentos como PETI devem continuar erradicando o trabalho infantil. Em segundo lugar, destaca-se a tradição do trabalho infantil enraizada na cultura brasileira. De acordo com o Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Então, seguindo a linha de raciocínio do sociólogo, uma vez que, os pais e os avós foram expostos a condição exploratória quando crianças, as futuras gerações tendem a seguir a tradição familiar. Agravando, dessa forma, a problemática, sendo necessária intervenção cultural na sociedade. Entende-se, portanto, a necessidade de extinção do trabalho infantil em âmbito nacional. Cabe ao Governo federal, aliado as esferas estaduais e municipais reverter esse quadro, aumentando a fiscalização em locais propensos e com histórico do crime. Além disso, é valido investir em escolas do tempo integral e aumento das vagas no PETI, remunerando os alunos carentes com um auxilio financeiro. Dessa forma, a exploração infantil será, gradativamente, desvinculada a cultura e ao fato social do Brasil.